quarta-feira, 27 de maio de 2020
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quarta-feira, 20 de maio de 2020
quarta-feira, 13 de maio de 2020
domingo, 10 de maio de 2020
FÁTIMA E A IGREJA: O POVO ANDOU SEMPRE À FRENTE!
Isto
ficou bem evidente na edificação da Capelinha das Aparições, dois anos após o
13 de Maio de 1917. Foi construída por vontade popular e nasceu às mãos de um
humilde pedreiro da região chamado Joaquim Barbeiro: iniciou a tarefa a 28 de
abril de 1919 e deu-a por concluída a 15 de Junho desse ano.
A
capelinha, segundo a tradição, ergue-se mesmo local onde se situava a pequena
azinheira onde segundo os pastorinhos Nossa Senhora lhes terá aparecido
inicialmente. Poucos meses depois, dessa árvore quase nada restava: os
populares foram-se encarregando de retirar-lhe folhas e ramos, pedaço após
pedaço, guardando-os como relíquias. E uns carbonários oriundos de Santarém
cortaram o que restava do tronco na noite de 23 de Outubro de 1917, passeando-o
de seguida em «procissão» na capital do Ribatejo.
As
movimentações populares surgidas de forma espontânea em Fátima incomodavam o
Governo republicano, fortemente anticlerical. A imprensa republicana de cariz
mais ideológico, ligada à Carbonária, procurou mobilizar a
opinião pública contra aquilo que denominava de «fenómenos de superstição».
Destacaram-se, nesta campanha, o jornal O Mundo, órgão oficial do Partido
Democrático, de Afonso Costa, e organizações como a Federação Portuguesa do
Livre Pensamento.
Ainda
em 1917 estes sectores chegam a organizar uma «peregrinação laica» a Ourém e
Fátima, com vistosa escolta da Guarda Nacional Republicana, após o chamado
«milagre do sol». Uma ocorrência esporádica que em nada travou as movimentações
populares.
O
ministro do Interior, António Maria da Silva, chegou a proibir manifestações de
índole religiosa em Fátima. Isto levou a imprensa católica, já sem as reservas
dos primeiros meses, a apelar abertamente à desobediência civil.
«Vamos
lutar contra o Governo», chegará a escrever o jornal O Dia, de orientação
católica.
O
regime republicano tentou por todas as vias impedir as concentrações populares
em Fátima, recorrendo sem cerimónias às forças da GNR para o efeito. Sempre em
vão.
Perante
a indiferença da polícia, activistas acercavam-se dos peregrinos,
insultando-os e por vezes agredindo-os. Em nome do «livre pensamento», o que
não deixa de ser irónico.
O
ponto culminante desta campanha ocorreu a 6 de maio de 1922, quando a capelinha
das aparições foi parcialmente destruída por uma bomba. Por autorização
eclesial, já ali era celebrada missa desde 13 de Outubro de 1921.
O
atentado causou generalizada indignação: as bombas haviam sido colocadas nos
quatro cantos da capela, com a intenção deliberada de reduzi-la a escombros.
Mas nem todas eclodiram. E os bombistas alcançaram os efeitos opostos aos que
pretendiam: a capela foi rapidamente reconstruida, sempre por exclusiva vontade
da população devota, e cada vez mais peregrinos acorreram desde então a Fátima.
As multidões
foram engrossando, sobretudo nas duas datas consideradas mais relevantes: 13 de
maio e 13 de Outubro. Na segunda metade da década de 20 já ali se juntavam
todos os anos entre 100 mil e 200 mil peregrinos.
terça-feira, 5 de maio de 2020
a história os julgará!
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