António José Martins Seguro, o
secretário-geral do Partido Socialista, chega à alta roda da política nacional
pela mão de António Guterres. Em 1992, António José Seguro desempenhou um
papel importante na mobilização do eleitorado da Juventude Socialista em torno
da campanha de Guterres contra Jorge Sampaio.
Seguro era visto então como um
dos ‘anjinhos’ (aos olhos do Independente de Paulo Portas) do candidato
socialista, a par de José Sócrates – que aprendeu a fazer política enquanto
Guterres liderava a bancada parlamentar do PS – ou de Edite Estrela,
reabilitada para a direcção do grupo parlamentar por Guterres, depois de
afastada por Jorge Sampaio.
Na época, a tradição dizia que os
aspirantes ao grande palco da política passavam pelo Expresso, numa rubrica
light que mostrava como viviam as figuras públicas. A vez de Seguro foi
publicada a 12 de Outubro de 1991, um ano depois de ter sido eleito
secretário-geral da JS. Tinha 29 anos. Era dirigente político e estudava.
Indicava Cavaco Silva como o membro do Governo que mais o irritava. Dizia
ter um urso de peluche. Também tinha um Opel Corsa, destruído numa
campanha eleitoral. E um desejo secreto: contracenar com Julia Roberts no
filme ‘Nove Semanas e Meia’. Erotismo…só no cinema. Na televisão tinha uma
mania: o Hino Nacional era o seu programa favorito. (por ricardo.rego@sol.pt )