Um "combatente" pela cidadania
Um "combatente" pela cidadania. Foi assim que Paulo Teixeira Pinto se apresentou, ontem, no XIII encontro nacional de ex-combatentes, que se realiza anualmente a 10 de Junho, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Lisboa.
O ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e actual presidente do BCP justificou ter aceite discursar na cerimónia, porque foi o primeiro convite dirigido a um não ex-combatente. "Faço-o na qualidade de cidadão português que pensa que a memória é essencial para preservar a identidade colectiva", explicou, segundo a Lusa, apelando ao reconhecimento dos que "lutaram e morreram" para que o Dia de Portugal possa ser assinalado.
"Numa sociedade democrática, madura, aberta e plural, o que deve ser esperado de todos os cidadãos é que sejam activos combatentes pelos direitos de cidadania. Combatentes já não são só os militares em cumprimento do seu ofício", disse, perante centenas de pessoas. "É nesse sentido que me sinto um combatente", acrescentou.
Paulo Teixeira Pinto, que nasceu em Angola e tinha 13 anos quando terminou a guerra colonial, deixou ainda palavras contra o racismo e a xenofobia. "A portugalidade só se realiza com os outros e nunca contra ninguém", defendeu.
"Tal como há portugueses em todas as dobras do mundo, é bom que os que cá permanecem saibam ser solidários com o sacrifício dos que partiram, acolhendo com a mesma dignidade aqueles outros que vindos do mesmo mundo escolheram cá viver connosco", apelou.
Manuel Lobo Antunes, secretário de Estado da Defesa, representou o Governo na cerimónia. "Foi para manter a portugalidade que nos batemos e muitos de nós caíram", declarou, apesar da intervenção não estar prevista no programa.O XIII encontro nacional de ex-combatentes teve início com uma cerimónia inter-religiosa (católica e muçulmana) e terminou ao som do Hino Nacional, pela voz da cantora Rita Guerra. PAULO CARRIÇO / LUSA
Um "combatente" pela cidadania. Foi assim que Paulo Teixeira Pinto se apresentou, ontem, no XIII encontro nacional de ex-combatentes, que se realiza anualmente a 10 de Junho, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Lisboa.
O ex-secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e actual presidente do BCP justificou ter aceite discursar na cerimónia, porque foi o primeiro convite dirigido a um não ex-combatente. "Faço-o na qualidade de cidadão português que pensa que a memória é essencial para preservar a identidade colectiva", explicou, segundo a Lusa, apelando ao reconhecimento dos que "lutaram e morreram" para que o Dia de Portugal possa ser assinalado.
"Numa sociedade democrática, madura, aberta e plural, o que deve ser esperado de todos os cidadãos é que sejam activos combatentes pelos direitos de cidadania. Combatentes já não são só os militares em cumprimento do seu ofício", disse, perante centenas de pessoas. "É nesse sentido que me sinto um combatente", acrescentou.
Paulo Teixeira Pinto, que nasceu em Angola e tinha 13 anos quando terminou a guerra colonial, deixou ainda palavras contra o racismo e a xenofobia. "A portugalidade só se realiza com os outros e nunca contra ninguém", defendeu.
"Tal como há portugueses em todas as dobras do mundo, é bom que os que cá permanecem saibam ser solidários com o sacrifício dos que partiram, acolhendo com a mesma dignidade aqueles outros que vindos do mesmo mundo escolheram cá viver connosco", apelou.
Manuel Lobo Antunes, secretário de Estado da Defesa, representou o Governo na cerimónia. "Foi para manter a portugalidade que nos batemos e muitos de nós caíram", declarou, apesar da intervenção não estar prevista no programa.O XIII encontro nacional de ex-combatentes teve início com uma cerimónia inter-religiosa (católica e muçulmana) e terminou ao som do Hino Nacional, pela voz da cantora Rita Guerra. PAULO CARRIÇO / LUSA