Em qualquer país decente esta calamidade seria levada a sério pelos deputados. Senão por todos, pelo menos por aqueles que assinaram o pacto de regime com credores estrangeiros.
Mas o que se viu ontem foi exactamente o oposto: um ex-ministro da Presidência (que não há muito ameaçou que o PS poderia rasgar o pacto assinado com PSD , CDS e Troika…) e um ex-Secretário de Estado da Segurança Social, a fazerem de conta que não conhecem a verdadeira situação das contas públicas (até se falou em almofadas para 2012…).
Discordar de políticas é coisa normal em Democracia. O que não é normal é ver dois ex-governantes branquearem o monumental desastre que deixaram para trás. O que não é normal é ver dois ex-governantes, cujo governo jurava em Fevereiro ter apurado um superavit orçamental (imagine-se!), contestarem despudoradamente números apurados pelo INE e pelo Banco de Portugal. por Camilo Lourenço no Jornal de Negocios