O problema com a escolha
da designação "Portugal primeiro" para o documento da unidade interna
do PS não está no facto de um lapso ter levado António José Seguro a adoptar um
título recentemente utilizado pelo PSD. São coisas que acontecem.
O que verdadeiramente
preocupa é que nem António José Seguro nem a sua entourage nem António Costa
(se este teve acesso ao título) tenham valorizado a conotação nacionalista e
maurrasiana da expressão. É difícil de imaginar algo mais fora dos cânones
socialistas para baptizar a unidade do PS.
O PS deve agradecer ao
PSD ter-se apropriado primeiro da expressão. Assim, o "documento de
Coimbra" ficou descontaminado e apropriadamente neutro, o que é melhor do
que usar um rótulo de um adversário histórico do socialismo por muito que se queira
dizer aos portugueses que o PS é um catch-all party. por Paulo
Pedroso no Banco
Corrido