sexta-feira, 2 de julho de 2021

Os Segredos do Costa!

Vimos recentemente uma série de 3 reportagens da SIC sobre o CHEGA a que chamaram de “A Grande Ilusão“. Quem viu este “trabalho jornalístico” pôde verificar o esforço hercúleo com que se tentou colar este partido a tudo quanto é radicalismos, racismos, xenofobias e nazismos, numa clara manipulação de factos usando meias verdades para criar (estes sim) a ilusão de que estamos num perigo eminente de regresso ao fascismo (que eles demonstraram não saberem sequer o que é e de onde nasceu). 

Quem foram buscar para fundamentar a teoria? Alguns dissidentes ressabiados e esquerdistas. 

Que narrativa utilizaram? A propaganda usada pelos marxistas de chamar aos adversários aquilo que eles são na realidade para colar um rótulo que, depois de repetido incessantemente, provoca a dúvida e o medo nos cidadãos pouco informados. 

Porque o fizeram durante a campanha às presidenciais? Porque esta reportagem serviu uma agenda de desacreditação de um partido que ameaça o sistema instituído. 

Adiantou alguma coisa? Tudo indica que não porque o CHEGA não pára de crescer o que significa que neste momento, grande parte dos portugueses já não come gelados com a testa e finalmente já percebem que tudo não passa de uma campanha abusiva de difamação.
 
Se estivéssemos perante um jornalismo de INVESTIGAÇÃO sério e sem agenda política, o PS teria sido o primeiro alvo (por antiguidade) logo seguido do BE e PCP muito muito antes de qualquer escrutínio ao CHEGA. E porquê? Simples: há uns anos um grande escândalo abalou o PS com um dos seus fundadores a denunciar num livro o que o PS realmente era na prática. Viu algum jornalista – além daquele corajoso Joaquim Vieira que ousou fazer uma reportagem sobre isto e foi demitido -, a fazer investigação? Não. Porque não há jornalismo. Só avençados. O livro vendeu 30 mil exemplares no dia em que saiu a público, esgotou mas o PS logo tratou de o retirar de circulação para logo de seguida perseguir o seu autor, Rui Mateus, obrigando-o a fugir do país. Hoje não se sabe do seu paradeiro. 

A VERDADEIRA Grande Ilusão nasceu e continua ( não são caves, são catacumbas) no PS de forma assombrosa e com ramificações perigosas. Se ainda não conhece os factos, eu mostro aqui alguns: 
O Livro de Rui Mateus “Contos Proibidos – Memórias de um PS Desconhecido” é o mapa que nos leva até às catacumbas de um partido que, de partido não tem nada, só a fachada. Aqui viajamos pela sua fundação, financiamentos obscuros, corrupção activa, nepotismo, maçonaria e tantas outras coisas que envergonham qualquer pessoa de bom senso. Eis algumas passagens retiradas dos resumos do Aventar: 
1.1 Sobre a fundação do partido 
«Corriam rumores entre os exilados de que Mário Soares só não aceitara o convite do director de campanha de Marcello Caetano, Guilherme de Mello e Castro, para integrar as listas da ANP, em 1969, porque pretendia a garantia de um lugar no governo. O fundador da ASP e primeiro líder do movimento, Mário Soares, reconhece para ele próprio a influência do socialismo humanista e cooperativista de António Sérgio e até o pensamento estalinista do seu antigo professor, Álvaro Cunhal. A verdade é que, contrariamente ao que acontecia pelo resto da Europa, e até na vizinha Espanha com o Partido Socialista Operário fundado por Pablo Iglésias, em Portugal, a Acção Socialista, primeiro, e o Partido Socialista, a partir de 1973, para além dos textos de Mário Soares que iriam sendo «oficializados», nada têm que ver com os grandes movimentos socialistas da classe operária do fim do século dezanove. A precursora do Partido Socialista não tinha qualquer passado histórico. Nascera na década de 60 um pouco como quem regista uma patente por iniciativa de um grupo de conspiradores de «operações», a sua maioria ligados à Maçonaria, e de alguns teóricos influenciados pelo PCP, como foi o caso de Salgado Zenha e do próprio Vitorino Magalhães Godinho. A evolução teórica do movimento, mais de três décadas após a sua constituição, é assim essencialmente caracterizada mais por razões empíricas de conveniência dos seus operacionais do que pelas teses dos seus «ideólogos» ou pelos princípios doutrinários que emanam do socialismo democrático. Esta caracterização, que viria a ficar célebre quando o líder da oposição, Francisco Sá Carneiro, acusou o então primeiro-ministro Mário Soares de «meter o socialismo na gaveta» com a finalidade de se manter no poder através de uma coligação com o partido democrata-cristão, CDS, verifica-se frequentemente na prática seguida desde 1964. Seria mesmo motivo de algum desdém por parte dos sociais-democratas norte-europeus que consideravam verdadeiramente ridícula a constante necessidade de demarcação dos socialistas portugueses em relação à social-democracia, a cuja família queriam pertencer embora afirmassem ser socialistas democratas e não sociais-democratas. Era um maneirismo influenciado por François Mitterrand, que a Internacional Socialista considerava uma expressão de retórica e pura hipocrisia, com o objectivo de parecerem mais progressistas aos olhos do mundo. Era aliás um sintoma típico do Sul da Europa, que um proeminente político norte-americano, anos mais tarde, comentaria com ironia, em termos semelhantes aos de Sá Carneiro. Mas não obstante a «subtil» distinção e a demarcação progressista dos seus principais dirigentes, a verdade é que a adesão dos socialistas portugueses à Internacional Socialista representa o ponto mais alto do movimento no período que antecedeu o 25 de Abril de 1974. Na história do PS, a sua filiação internacional sobressai destacadamente da manifesta «pobreza» do seu passado. O PS, «sobrevivente apagado dos anos 30, que não resistiu, como organização autónoma, à repressão e clandestinidade, que no final da Segunda Grande Guerra era constituído apenas por um pequeno grupo de abencerragens, sem qualquer influência real no País». 
1.2 Sobre os financiamentos 
“No seguimento da Conferência de Estocolmo, aumentaram as delegações que vieram a Portugal exprimir o seu apoio ao PS, sendo os apoios financeiros normalmente canalizados através da já referida conta na Holanda. Por vezes, contudo, o dinheiro vinha das maneiras mais improvisadas, tendo eu assistido, em casa de Tito de Morais, a uma entrega por parte de uma delegação sueca que acabara de chegar e que, de repente, começou a triar maços de notas dos bolsos de cada um dos membros da delegação. Nessa altura ainda Carlos Carvalho era tesoureiro do Partido, mas era assessorado por José Manuel Duarte. A partir de certa altura, Carvalho, que fora fundador do PS em Bad Munstereifel, desapareceria para sempre da cena política, passando essa tarefa para Fernando Barroso, que acabara de chegar de Moçambique, onde vivera durante muitos anos. A partir de então Fernando Barroso ocupar-se-ia desse cargo, assim como da administração financeira das Fundações ligadas ao Partido, até ao IV Congresso em 1981. O secretário-geral tinha entretanto saído do Governo e ao ocupar-se do dia-a-dia do PS, compreendera a importância das finanças, que controlaria rigorosamente através do seu cunhado. Uma das medidas adoptadas nesta área seria a progressiva descapitalização da conta na Holanda, movimentada por José Neves e a abertura de uma conta pelo próprio secretário-geral no Bank fur Gemeinwirtschalf em Frankfurt. Esta conta a que Gunter Grunwald chamaria «contas especial do Mário» só seria encerrada anos mais tarde e, pelo que consegui apurar, movimentaria somas consideráveis. (…) 

Naquele período, a resistência ao PCP representava um verdadeiro sorvedouro de dinheiro, que Mário Soares ia mandando entregar por intermédio dos seus colaboradores. E bem melhor do que a minha memória, os meus registos mostram as seguintes entregas em dinheiro para acções de resistência ao PCP: a 23 de Setembro, 300 contos depositados na conta da Associação António Sérgio e, nesse mesmo dia, 1000 contos entregues a Gustavo Soromenho para o jornal «A Luta». No dia 27 de Setembro, 1000 contos entregues ao cunhado de Mário Soares, José Manuel Duarte. Depois, ao tesoureiro do PS entregaria 1000 contos a 30 de Setembro, 2000 contos a 28 de Outubro e 500 contos a 11 de Novembro. A 20 de Novembro, seriam entregues quinhentos mil escudos mais. No rescaldo do 25 de Novembro, certamente para pagar despesas pendentes, seriam entregues a 1 de Dezembro 1800 contos à Administração Financeira do PS e, a 4 de Dezembro, mais 500 contos ao tesoureiro Carlos Carvalho. 

Evidentemente que não conheço a totalidade do conteúdo das caixas de biscoitos, nem os movimentos das contas de Frankfurt e da Holanda, nem, tão-pouco, outras verbas relacionadas com este período, oriundas dos americanos ou as que o ex-presidente Carlos Andres Perez disse ter entregue a Mário Soares. Consegui, contudo, apurar que antes da reunião de Estocolmo Rolf Theorin mandaria transferir para a conta na Holanda mais meio milhão de coroas suecas. Também o PSD da Dinamarca enviaria mais 304 690$00 em Março e 29 734 coroas em Setembro.” 
1.3 sobre transparência 
«Para além da ausência de regras que permitam, pela via individual, o acesso do cidadão à actividade política, não existem regras idóneas de financiamento dos partidos nem de transparência para os políticos. Um pouco à semelhança dos «pilares morais» do regime, a Maçonaria e a Opus Dei, tudo se decide às escondidas, como se o direito dos cidadãos à informação completa e rigorosa de como são financiadas as suas instituições e dos rendimentos dos seus governantes e dos seus magistrados se tratasse de algo grave, de algo subversivo.» 
1.4 sobre corrupção e tráfico de influências 
“O chamado caso do «fax de Macau» ou caso «Emaudio» dar-me-ia o último argumento de peso para escrever este livro. A propósito de um conflito, em nada diferente dos conflitos que devassam o interior dos partidos políticos portugueses e que se prendem com situações de poder; a propósito de um financiamento político relativamente «insignificante» e em nada, a não ser no montante, diferente dos que têm sido feitos ao longo dos últimos vinte anos a partidos políticos e organizações afins, confundiu-se a árvore com a floresta e iniciou-se a investigação à corrupção em Portugal de tal forma que, ao contrário do que tem acontecido noutros países europeus, se inviabilizaria o conhecimento da verdade e, como tal, o combate à corrupção. Em vez de se optar por um esclarecimento idóneo e completo, a que os Portugueses têm direito, sobre o estado da Nação em matéria de tráfico de influências e de corrupção, cortando o mal pela raiz ou, caso se verificasse que a verdade poderia ser fatal, a Assembleia da República em acto público entendesse fazer um acto de contrição para bem da democracia, criando moratórias e regras novas, o Ministério Público parece ter assumido a responsabilidade de definir o interesse nacional. Produzindo uma acusação sem provas numa total inversão de valores e, mesmo admitindo a convicção do investigador em relação a um crime que não existiu, ignorando a máxima de Séneca: «quem, podendo, não manda que o delito se não faça, manda que se faça». 
1.5 Sobre ignorância financeira, nepotismo e outras coisas… 
“No dia em que chegara ao governo, Soares «não percebia nada de economia, podia ser um ás na política mas na economia era um zero» e dada «a forma displicente com que [tratava] dos números que traduzem a realidade económica, trocando os milhões e os milhares», muitos se perguntavam se «deveria ter sido [ele] o primeiro-ministro do I Governo Constitucional, apesar de o Partido Socialista ter ganho as eleições» 
“O embevecimento com que Soares tratava algumas dessas pessoas demonstrava a sua própria ignorância em relação às áreas que ele não dominava. Particularmente acintosos eram os frequentes elogios a Vítor Constâncio que, vindos de um homem que admitia que «na economia era um zero», feririam o orgulho de Salgado Zenha que tinha sido ele próprio ministro das Finanças.” 
“Com algumas excepções, as suas escolhas para formar o I Governo seriam verdadeiramente desastrosas e aquele governo, no seu conjunto, nunca chegaria a ter uma esperança de popularidade. Sempre obcecado com o poder, «aquilo que ele, efectivamente, nunca descentralizará», começa então a por à prova a sua própria receita. Assegura o controlo pessoal das finanças do partido através do seu cunhado, que tem ordens absolutas de não permitir o acesso a pessoas estranhas ao serviço. O que equivale a dizer que ninguém na direcção do partido tinha acesso àquele pelouro, dirigido, simbolicamente, no Secretariado Nacional, pelo fundador e fiel amigo Joaquim Catanho de Menezes. E, de um modo geral, divide para reinar, promove poderes paralelos entre dirigentes partidários e ministros. Desconfiado como é, entrincheira-se num bunker de intrigas e de contra-informação na sua residência, que transforma num santuário de bajulação dos seus «fiéis». Despromove e demite todos os que se atrevam a dar muito nas vistas ou que acabem por ser imolados naquelas intermináveis sessões de esconjuração, fazendo depois circular razões de incompetência, ambição desmedida ou, até, megalomania para justificar os seus actos! Zenha seria uma das primeiras vítimas” 
“A Manuel Tito de Morais foi dada a pasta de secretário de Estado da População e Emprego. Não porque Tito representasse qualquer ameaça à liderança, mas porque a segunda mulher do Tito de Morais, a Maria Emília, não era bem aceite na «corte» e ambas as famílias, a Barroso-Soares e a Tito de Morais, se gladiavam pela ocupação de lugares no aparelho do partido. Sobre Tito de Morais confidenciar-me-ia uma vez, quando lhe perguntei a razão de nunca o ter promovido além de secretário de Estado, que «o Tito nunca tinha lido um livro na vida»! Mas é sintomático que uma das características que melhor lhe assentariam e pela qual, aliás, ficaria sobejamente conhecido fosse a sua grande incapacidade para escolher colaboradores. Deslumbrava-se frequentemente, por insuficiência própria, com qualidades de pessoas que na realidade não conhecia ou que pareciam dominar áreas que ele próprio desconhecia.” 
Quando a Secretaria de Estado da Comunicação Social, para comemorar um ano de governo, publicou por ordem do primeiro-ministro um inacreditável livro intitulado Vencer a Crise, Preparar o Futuro, já todo o país exigia uma mudança de Governo, tal era a impopularidade em que caíra. É um livro revelador das tendências absolutistas de que Zenha falava e tinha mais semelhanças com as publicações dos regimes despóticos que primam pelos elogios ao chefe, do que com as de governos democráticos ocidentais, lembrando as inúmeras fotos do primeiro-ministro a sua avassaladora e imodesta omnipresença. Dos cinquenta mil exemplares distribuídos, pagos pelo erário público, transparecia um governo fútil e esbanjador. Anunciava, em tons propagandísticos, a obra feita e as tarefas desempenhadas por alguns membros do governo, ao longo de um ano, como as do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro para os assuntos políticos, Manuel Alegre, que em menos de uma página declarava ter tido como actividades «numerosas representações ou petições de trabalhadores e organismos sócio-profissionais ou simples cidadãos, canalizando os seus problemas para os departamentos a que dizem respeito». 
2- Outros factos: 
casos de corrupção: galambagate; Galpgate; Golasgate; Tancosgate; Sirespgate; CGD 
casos de nepotismo: familygate 
casos de financiamento no BES (Banco Novo) que não cobrem garantias; BES principal financiador da Fundação Mário Soares ; o contributo de Soares na compra do BES 
Sócrates 
Ivo Rosa: seleccionado à quarta tentativa; iliba Sócrates de 25 crimes 
substituição de Joana Marques Vidal 
nomeação de boys em cargos de chefias 
desinvestimento na PJ 
as ligações do PS ao BES: com Mário Soares negociatas do hidrogénio verde
introdução da censura 
falência técnica do país 
controlo dos media 
moradas falsas e currículos falsos 
envio de dados para embaixadas e tantos outros casos… 
Nesta “pequena” amostra fica claro que o PS é tudo menos um partido. Mas isso não parece preocupar os “Pedros Coelhos” das televisões (in)dependentes, certo?