sábado, 23 de abril de 2022

Ventura "eleito" líder da Oposição

Parlamento renovado, a mesma conclusão de sempre: nota negativa para a Oposição. Mas há uma novidade: André Ventura é, nesta altura, quem tem mais "votos" como líder da Oposição ao Governo. 
O vazio de Poder no PSD ajuda a explicar a situação. Rui Rio está de saída, mas ainda não tem substituto nos sociais-democratas. E ainda falta mais de um mês para que os militantes sejam chamados a fazer a sua escolha. Ventura vence em quase todos os segmentos geográficos, de género, de idade e de classe social. A única excepção é a Região Norte, onde o mais apontado é Rio. No caso dos segmentos por voto partidário, a situação é diferente. Sendo que os eleitores do PSD apontam, também eles, Ventura como líder da Oposição, enquanto os do PS ainda percepcionam Rui Rio como o principal rival. Cotrim de Figueiredo (liberais), Catarina Martins (BE) e Jerónimo de Sousa (PCP) vencem entre os seus eleitores (os dois primeiros por escassa margem).

FICHA TÉCNICA DA SONDAGEM
A sondagem foi realizada pela Aximage para o DN, JN e TSF, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a atualidade política.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 12 e 18 de abril de 2022 e foram recolhidas 807 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, obtida através de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género, grupo etário e escolaridade. Para uma amostra probabilística com 807 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,017 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 3,45%).

terça-feira, 19 de abril de 2022

Eu Lembro-me !

Há coisas que não se esquecem. E uma delas é a forma como o PS toma conta do Estado. O senhor engenheiro José Sócrates é apenas um produto dessa forma de exercício do poder.
[por isso “eu também me lembro”
“de e 2007 o então ministro da Administração Interna, António Costa, e o secretário de Estado, José Magalhães, terem iniciado um blogue na própria página do ministério da Administração Interna para responderem aos comentadores que estavam a quebrar o unanimismo sobre a infalibilidade governamental” e que, no meu caso responderam com arrogancia às largas centenas de entradas com a etiqueta “pintodesousa” no meu blog ReVisões. O pedido de resgate de 6 de Abril de 2011 veio dar-me razão!.
Mas o que mais me chateia é agora tentarem convencer-me que toda aquela gajada que esteve no governo com o corrupto Pinto de Sousa não “deu por nada!”. A estes também lhes junto os “inomináveis” que ainda os continuam a apoiar nas urnas e na imprensa a que temos direito.  história não lhes perdoará!.

Eu lembro-me desses dias em que a mentira passou a inverdade.
Eu lembro-me de em 2007, algumas semanas após a publicação pela imprensa das notícias sobre as irregularidades da licenciatura de José Sócrates, o actual ministro dos Negócios Estrangeiros e então ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva, denunciar o que classificava como “jornalismo de sarjeta”. Foi José Sócrates quem o obrigou?
Eu lembro-me de quando aqueles que questionavam os procedimentos do primeiro-ministro José Sócrates eram automaticamente tratados pelo PS como reaccionários, antipatriotas, bota-abaixistas e tremendistas. Em 2021 o PS continua a praticar esses exercício.
Eu lembro-me de em 2007 o então ministro da Administração Interna, António Costa, e o secretário de Estado, José Magalhães, terem iniciado um blogue na própria página do ministério da Administração Interna para responderem aos comentadores que estavam a quebrar o unanimismo sobre a infalibilidade governamental. Foi José Sócrates quem os forçou a isso?
Eu lembro-me de o PS não se ter indignado com a suspensão de um funcionário da Direcção Regional de Educação do Norte por este ter feito um comentário jocoso sobre a licenciatura do primeiro-ministro. Estaria o PS com medo de Sócrates para não reagir?
Eu lembro-me de em 2007 terem passado quase dois meses para que os jornais quebrassem a cerca sanitária dessa época: aquela que mantinha restrita à blogosfera a informação sobre o processo académico de Sócrates. O PS ainda se lembra do que os seus históricos disseram sobre essas notícias?
Eu lembro-me de António Costa, enquanto ministro da Administração Interna do governo de Sócrates, defender a criação de um Conselho Superior de Investigação Criminal a ser presidido pelo primeiro-ministro,José Sócrates. O modo de funcionamento desse conselho colocaria numa posição subalterna o Procurador-Geral da República. O PS esqueceu-se deste episódio?
Eu lembro-me dos argumentos criados pelos socialistas para justificarem aqueles telefonemas de assessores do governo furibundos a quem assinava artigos críticos para com o Governo. Vão agora dizer que Sócrates os hipnotizava para produzirem esses argumentários?
Eu lembro-me de em 2007, após as notícias sobre a licenciatura de José Sócrates, Arons de Carvalho, no semanário Expresso, concluir que “a violação das regras deontológicas não pode continuar impune” e Vital Moreira falar em “décadas de impunidade deontológica”. O PS já esqueceu?
Eu lembro-me de o PS não mostrar o mínimo interesse pelas denúncias de corrupção que surgiam desde 1997 sobre o licenciamento da Estação de Resíduos Sólidos Urbanos da Cova da Beira assinado por José Sócrates, então secretário de Estado do Ambiente. Já era José Sócrates quem os impedia de perguntar?
Eu lembro-me de o director da PJ, Santos Cabral, ter sido afastado e enxovalhado em 2006 pelo ministro da Justiça, Alberto Costa, e pelo primeiro-ministro, José Sócrates. O PS não teve um pequeno sobressalto ao conhecer os contornos desse afastamento e as referências de Santos Cabral à intervenção do executivo na PJ? (Ah já me esquecia esse era o tempo em que o PS vivia indignado com o classificava como abuso das escutas telefónicas por parte da PJ!)
Eu lembro-me do mutismo com que o PS reagiu em 2009 quando se soube que tinha sido ilegalmente destruído o processo da adjudicação e concessão da Estação de Resíduos Sólidos Urbanos da Cova da Beira. Vai o PS dizer que foi enganado?
Eu lembro-me de o ex-inspector da PJ que denunciou o caso Freeport ser condenado a oito meses de prisão e ao pagamento de uma multa. O PS estou certa que também se lembra.
Eu lembro-me de a Procuradoria Geral da República arquivar o inquérito à licenciatura de José Sócrates, embora não conseguisse explicar como um certificado com data de 1996 podia estar redigido num impresso só possível de existir depois de 1998. O PS já esqueceu o que disseram várias das suas mais destacadas figuras na altura? Foi Sócrates quem lhes pôs as palavras na boca?
Eu lembro-me de, no último dia de Junho de 2008, Dias Loureiro e António Vitorino terem apresentado a biografia de Sócrates, escrita pela jornalista Eduarda Maio. “O menino de ouro do PS”, título do livro, reproduz a expressão por que Sócrates era tratado por muitos socialistas, indiferentes a tudo o que já se sabia sobre José Sócrates desde o final dos anos 90. O PS continua a querer que acreditemos que havia um governo que nada sabia daquilo que José Sócrates fazia?
Eu lembro-me de o PS, na campanha eleitoral de 2009, apresentar como uma mentira nascida de motivações ocultas tudo o que questionasse José Sócrates. O PS ainda se lembra disto ou sofre de amnésia?
Eu lembro-me de a PT ser usada para entrar no capital da TVI de modo a alterar-se a linha editorial daquela estação e torná-la mais amigável para o Governo. E lembro-me de o PS achar isso normal.
Eu lembro-me de a administração da TVI dar ordens para ser cancelado o Jornal Nacional de Sexta, apresentado por Manuela Moura Guedes. E lembro-me muito bem de ouvir e ler socialistas e compagnons a declararem o seu apoio a este afastamento.
Eu lembro-me de em 2010 apenas o Correio da Manhã ter avisado os seus leitores de que o primeiro-ministro impusera como condição não ser confrontado com o caso Freeport no âmbito das entrevistas que ia dar a propósito da iniciativa “Governo Presente”. O PS sempre solidário com José Sócrates passou a usar depreciativamente a expressão “jornalismo à Correio da Manhã“.
Eu lembro-me de a PT ser usada para entrar no capital da TVI de modo a alterar-se a linha editorial daquela estação e torná-la mais amigável para o Governo. E lembro-me de o PS achar isso normal.
Eu lembro-me de a administração da TVI dar ordens para ser cancelado o Jornal Nacional de Sexta, apresentado por Manuela Moura Guedes. E lembro-me muito bem de ouvir e ler socialistas e compagnons a declararem o seu apoio a este afastamento.
Eu lembro-me de em 2010 apenas o Correio da Manhã ter avisado os seus leitores de que o primeiro-ministro impusera como condição não ser confrontado com o caso Freeport no âmbito das entrevistas que ia dar a propósito da iniciativa “Governo Presente”. O PS sempre solidário com José Sócrates passou a usar depreciativamente a expressão “jornalismo à Correio da Manhã“.
Eu lembro-me de ouvir os socialistas classificarem como aleivosias as notícias sobre as casas cujos projectos Sócrates terá assinado, embora os donos das mesmas casas não o confirmassem. O PS pretenderá agora que foi José Sócrates quem os convenceu a fazer tal figura?
Eu lembro-me de José Sócrates, na qualidade de primeiro-ministro (demissionário) ter contactado formalmente a troika, composta pelo FMI, BCE e Comissão Europeia, a 6 de Abril de 2011, a solicitar um empréstimo no valor de 78 mil milhões de euros. E lembro-me como pouco depois o PS começou a criticar não só a troika como o programa que negociara com ela e que o governo seguinte teve de aplicar.
Eu lembro-me de ver os socialistas acotovelando-se em torno de Sócrates em cada sessão de anúncio de mais um plano revolucionário para o país: o MIT, os PIN, TGV, os Magalhães, as Novas Oportunidades, o choque tecnológico… O PS também não esqueceu porque continua a apostar no anúncio do anúncio e na inauguração do inaugurado, sem perguntar sobre o como nem o porquê.
… Há coisas que não se esquecem. E uma delas é a forma como o PS toma conta do Estado. José Sócrates é um produto dessa forma de exercício do poder.(in “Eu lembro-me” por Helena Matos)

quarta-feira, 6 de abril de 2022

uma Cruz de Cristo (evocativa da presença portuguesa na Primeira Grande Guerra)

Em Ambleteuse foi ainda efetuada uma homenagem à memória dos soldados portugueses caídos em combate entre 1916 e 1918, junto do monumento existente naquela cidade.