segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

um HOMEM discreto




António Alves Marques Júnior :.
              1946-2012

sábado, 29 de dezembro de 2012

cada cor...seu paladar III


Metade dos hotéis do Algarve fechados
Por causa da crise 48% dos hotéis algarvios decidiram fechar as portas no inverno. Os encerramentos em todo o país atingem 16%.
A crise no turismo está a obrigar os hotéis a fechar as portas na época baixa. Esta prática é generalizada a todo o país com destaque para o Algarve, a zona mais atingida pela falta de turistas no inverno.
Zonas onde este fenómeno não acontecia como o Alentejo ou a Zona Centro não escaparam à necessidade de fechar os alojamentos de um a três meses. expresso

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

cada cor...seu paladar II


Hotéis quase cheios no final do ano
Os hotéis do Algarve enchem, este fim-de-semana, para a passagem do ano. As previsões indicam uma boa taxa de ocupação, acima dos 80%.
Este ano há muitos portugueses, mas menos espanhóis.
A ocupação hoteleira deverá ser idêntica à de 2011. Há hotéis acima dos 80%, mas outros há que não fazem réveillon. Quem apostou no fim do ano, como é o caso dos hotéis Real, regista, a partir de amanhã, uma subida na ocupação.
“Vai-se notar um aumento da ocupação já a partir de sábado. As pessoas estão a aproveitar o fim-de-semana.
Nota-se um aumento já grande”, diz à Renascença Jorge Teixeira, director da unidade hoteleira.
Os portugueses estão em maioria, sendo que os espanhóis continuam a registar a quebra que já vem de outras alturas. “Estamos com muitos portugueses, especialmente nesta altura do ano, algumas famílias que ainda conseguem gozar este final de 2012”. Mas o turismo espanhol, lamenta, “baixou ao longo do ano, até nos feriados de Dezembro baixou”.
Quanto à animação, com uma ou outra excepção, nota-se o desinvestimento que já vem de outros anos. r/com renascença comunicação multimédia, 2012

cada cor...seu paladar I


Ocupação hoteleira para fim-de-ano algarvio ronda os 30%
A ocupação de hotéis no Algarve para a passagem de ano ronda os 30%, menos 10% face a 2011/2012, apesar de os preços terem baixado, afirmou hoje o presidente da principal associação hoteleira da região.
De acordo com Elidérico Viegas, líder da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a taxa de ocupação hoteleira ronda os 30%, verificando-se "quebras significativas" dos mercados português e espanhol.
"O baixo índice de ocupação é motivado pela crise económica e pelas medidas de austeridade que reinam nestes dois países, os mais importantes mercados para o Algarve nesta altura do ano", destacou Elidérico Viegas.
A imposição de portagens na Via Infante de Sagres é, segundo o dirigente da AHETA, "um dos fatores negativos que em muito contribui para a quebra significativa da procura do Algarve por parte do mercado espanhol".
"São políticas desajustadas que estão a afetar a região e a condicionar a atividade turística", observou Elidérico Viegas.
O dirigente da AHETA considerou que a quebra para o fim de ano "só não é mais acentuada, à custa de promoções e pacotes a preços baixos, e ao número de unidades hoteleiras que estão encerradas". OJE/Lusa

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

sacudir a agua do capote....


O Diário de Noticias que ainda não pediu desculpa aos seus leitores pelo espaço que concedeu aquele a que agora chama “burlão” escreve-se hoje:
Burlão mantém que é "colaborador voluntário" da ONU
Numa longa nota enviada à Agência Lusa após uma troca de mensagens em que sempre recusou dar entrevistas, porque não quer "protagonismos", Artur Baptista da Silva queixa-se das acusações de que está a ser alvo, da devassa da sua vida privada, explica a sua ligação à ONU e dedica a maior parte do seu comunicado com a argumentação utilizada nas várias intervenções públicas e entrevistas que convenceram muita gente.
Na sua nota, Baptista da Silva começa por mostrar desagrado com os "ataques" da comunicação social de que se diz alvo, aludindo a um "regresso à antiguidade clássica" em que "quando a mensagem não agrada aos poderes instituídos legítimos e/ou ilegítimos, assassina-se o mensageiro".
Afirma Baptista da Silva que "tal como o poder político, também alguma comunicação social é muito forte com os que lhe parecem ser fracos e cobardemente fraca com os fortes cujos poderes a manietam".
Artur Baptista da Silva está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República
"A PGR está atenta, a analisar as notícias publicadas e a recolher elementos que complementem os que, de forma genérica, foram até ao momento divulgados", informou quarta-feira a PGR.
Também as Nações Unidas, contactadas pela Lusa, confirmaram oficialmente que Artur Baptista da Silva, que se apresentou perante vários jornalistas como consultor da ONU, não está ligado à instituição.
Artur Baptista da Silva deu várias entrevistas à comunicação social, apresentando-se como coordenador de um observatório da ONU.
O International Club de Portugal é uma das instituições que já admitiu recorrer aos tribunais caso se comprove que há fraude.
Esta classe, altamente corporativada, ainda não percebeu que o problema não é o Artur, são os “batistas da silva” que diariamente nos apresentam e, pior, que aqueles que os lêem merecem um pedido de desculpas e não de auto-desculpabilização e ameaças àquele convidaram a “botar discurso” que faz manchete.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Espanha paga os juros mais altos a dez anos




Madrid foi obrigada a conceder a mais alta taxa de juro para um empréstimo a dez anos, que atingiu os 6,044% quando na última emissão, em Abril, as obrigações com igual maturidade foram taxadas a 5,74%.
A Espanha transacionou 611 milhões de obrigações a dez anos, 638 milhões a dois anos e 825 milhões a quatro anos, para um total de 2,1 mil milhões de euros. euronews

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O burlão é o nosso espelho



Há quem diga que este episódio do burlão que enganou quase toda a gente é um episódio menor e mesmo divertido.
Não concordo.
Ele revela a falta de sentido crítico reinante no nosso espaço público que só ouve o que quer ouvir e que aceita qualquer depoimento como bom, venha de quem vier, desde que se insira na "verdade" em vigor.
Mostra também que a comunicação social, nomeadamente as televisões privadas, nos estão a "informar" com base numa agenda própria.
Se o Baptista da Silva defendesse o prosseguimento da austeridade, mesmo que se apresentasse como coordenador da ONU, nenhuma televisão o teria chamado para entrevistas. por F. Penim Redondo no DOTeCOMe

Notas sobre o caso Artur Baptista Silva


1. Artur Baptista Silva diz o mesmo tipo de disparates que 90% dos comentadores que aparecem na TV e comentam nos jornais.
2. No Expresso, Nicolau Santos tem propagado mais ou menos as mesmas falácias que Artur Baptista Silva semana após semana, ano após ano, sem que ninguém o acuse de ser burlão. Se perguntarem ao Artur Baptista Silva onde se inspirou, aposto que ele dirá que foi nas colunas de opinião do Nicolau.
3. Não se pode esperar que um jornal em que o Nicolau Santos é o responsável pela secção de economia consiga distinguir um discurso económico com lógica de uma aldrabice. Aldrabice é a cultura da casa.
4. Ao longo de 2012, a discussão pública em Portugal andou à volta de variações das ideias de Artur Baptista Silva. Basicamente, não somos responsáveis pela nossa dívida e os alemães/BCE/FMI é que devem pagar a conta porque nós temos o direito adquirido de continuar a viver folgadamente. Não houve um editor de economia que não tenha caído nesta lógica.
5. Ao longo deste ano a comunicação social divulgou de forma totalmente acrítica os maiores disparates. Por exemplo, há menos de uma semana todos repetiram a tese do Ricardo Cabral de que a TAP valeria 1000 milhões de euros. Era disparate, mas era o disparate que todos queriam ouvir.
6. No período que se seguiu ao anúncio do aumento da TSU os jornais escreveram todo o tipo de disparates: tabelas erradas, contas erradas, estudos mal amanhados, análises erradas, desinformação. Nenhum jornal conseguiu explicar em que é que a medida consistia e poucos jornalistas da área económica perceberam exactamente o que se pretendia. O resultado foi uma solução pior mas mais consensual.
8. A comunicação social que aceitou como legítimo o Artur Baptista da Silva é a mesma que tomou por bons todos os estudos sobre SCUTs, OTAs, TGVs e afins e que ajudou a vender a estratégia dos grandes eventos e do investimento em grandes obras públicas. É a mesma que apoiou a trajectória suicidária de Sócrates rumo à bancarrota e desculpou tudo com a crise internacional e as agências de rating.
9. Recorde-se que a comunicação social deixou de falar do Krugman no dia em que ele cá veio dizer que Portugal tem que cortar na despesa.
10. Este caso é uma espécie de caso Sokal do jornalismo económico português. A forma como estão a reagir indica que tudo continuará na mesma e que dentro de uma semana voltarão à mesma narrativa em luta contra qualquer reforma ou corte na despesa e de culpabilização da Alemanha e das agências de rating. por JoaoMiranda no Blasfémias

natal


NATAL DE QUEM?

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
do peru, das rabanadas.
- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
 
-Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
-Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
 
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
 
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
 
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papéis
Sem regras nem leis.
 
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
 
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
 
- Foi este o Natal de Jesus?!!!
(O meu mais belo poema de Natal, João Coelho dos Santos in Lágrima do Mar - 1996)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O GATO, A LEBRE E OS ANJINHOS


De repente, vindo do nada, surge em conferências, rádios, jornais e televisões. Tem a lição bem estudada, evita obstáculos e contorna as curvas, num discurso bem embrulhado e que soa bem ao ouvido.
Usa o plural majestático, nunca fala por apenas si: nós na ONU!
Vi-o, como provavelmente muitos dos leitores, ainda na última sexta-feira no Expresso da Meia Noite, da SIC Notícias. Respondia pelo nome de Artur Batista da Silva, e dizia coisas que quase encantavam. Confesso que achei “fruta a mais”: tinha alguma dificuldade em ver a ONU por trás daquelas posições!
O Nicolau Santos foi um dos que se deixaram encantar. Deu-lhe palco ns SIC Notícias, no Expresso da Meia Noite, e deu-lhe corda no Expresso, na sua coluna do caderno de Economia: espalhou-se ao comprido. Vai passar o Natal estatelado!
É um burlão, com acusações de burla e de desfalques. A ONU não faz ideia do que seja esse nome, nem do observatório que ele diz dirigir. Nem tem nada a ver com que ele diz...
Como é possível?
É possível como sempre foi. Talvez mais possível do que alguma vez tenha sido. A informação corre tão depressa que toda a gente a quer agarrar antes que fuja. Mesmo que se agarre o gato, se deixe fugir a lebre e se faça figura de anjinho!
PS: Rádios (TSF) e Jornais (Jornal de Negócios) retiraram já as notícias que estavam "linkadas"! por Eduardo Louro no Quinta Emenda

sábado, 22 de dezembro de 2012

A funcionária pública que trabalhou 100 dias em 7 anos


Não minto, veio no jornal. Uma funcionária do Hospital de S. João trabalhou 101 dias nos últimos 7 anos. Como é que esta "assistente operacional" conseguiu tamanha proeza? Através de sucessivas baixas médicas. Entre 2005 e 2012, a senhora esteve 2211 dias com baixa médica. Estes 2211 dias de pausa foram intercalados, ora essa, por períodos de férias e por curtos períodos de trabalho. E agora reparem no pormenor: na maioria das vezes, estes "períodos de trabalho" não superaram as 24 horas. Ou seja, a senhora está de baixa, aparece um dia e volta à baixa no dia seguinte. Não, não é uma rábula dos Gatos Fedorentos, é um facto. Ora, só há aqui duas hipóteses: ou estamos perante alguém que merece já a pensão de invalidez, coitadinha, ou estamos perante alguém que está a gozar com a cara de toda a gente. Se a verdade recair sobre a segunda hipótese, estaremos perante um caso que eleva à comédia uma prática típica da pátria: as férias garantidas pelo atestado médico. E, neste ponto, convém frisar que a fraude não será apenas da funcionária, mas também do médico amiguinho.
 
Há uns tempos, a Administração suspeitava de fraude e pensava em apresentar uma queixa-crime contra a funcionária. Queixa-crime? Por que razão a Administração do S. João não faz uma coisa mais simples, como, por exemplo, um processo de despedimento? Ou será que os "direitos adquiridos" também protegem uma pessoa que trabalha 100 dias em 7 anos? Henrique Raposo no Expresso

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Portugal igual


Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa fazem greve amanhã contra os "brutais cortes salariais".

Salário médio dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa: 2800 €uros

Salário médio dos trabalhadores que ficam sem o serviço público de transporte: 1300 €uros. por Rodrigo Moita de Deus no 31 da Armada

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

o “conselho naciona” da muleta



Pressionado pelo Conselho Nacional do partido que é tradicionalmente difícil, o líder do CDS-PP, sentiu necessidade de se explicar aos que votaram no CDS nas últimas eleições, assumindo que eles têm razão para protestar e garante que o CDS se vai empenhar a fundo na defesa do Estado Social.
Paulo Portas que recusa o “Estado mínimo” do parceiro de coligação referiu-se ao OE2013 reiterando, e bem, a posição de que o CDS votou favoravelmente o Orçamento para evitar uma crise política, que seria também uma crise financeira.
Esperemos que Portas e a Direcção dos Democratas-Cristãos comecem a ponderar se deixarem de ser a “muleta maltratada” e se redireccionarem em futuras alianças… 

domingo, 9 de dezembro de 2012

não, não é uma fotomontagem!


Saiu no Expresso do 1º de Dezembro é de Alberto Frias e não, não é uma fotomontagem.

sábado, 8 de dezembro de 2012

o caso "Medina Carreira": Um baile de máscaras

Um baile de máscaras
O que se passou com Henrique Medina Carreira é revelador. E só é revelador porque se tratou de Medina Carreira e não de um "john doe" qualquer. Essa nuance permitiu trazer à superfície o pior da nossa sociedade - ela mesma, a sua "justiça" e a sua trituradora mediática. Um "nome de código" chegou para montar um número de circo e enxovalhar uma pessoa. A quantos anónimos não acontecerá o mesmo sem que jamais venhamos a saber o que realmente lhes aconteceu? Uma comunidade não pode ser capturada pelo medo, pela bufaria, pelos cobardes ou pela complacência néscia ou dolosa das "instituições". Porque se assim for deixa de ser uma comunidade e não passará nunca de um miserável ajuntamento de biltres. por João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos 
 
O caso Medina Carreira
«O processo "Monte Branco", que detectou fugas aos fisco e branqueamento de capitais, é demasiado sério e importante para ficar manchado por qualquer tipo de suspeita de reacção corporativa contra um opinion maker que duvida da organização da justiça portuguesa». por Rui Costa Pinto  no Mais Actual

domingo, 2 de dezembro de 2012

5 fotógrafos + 1 manifestante = Acção bem sucedida

Esta imagem foi tirada ontem no México mas podia ser noutro país porque dá conta de uma característica do nosso tempo:
alguém de quem a esquerda não gosta vence umas eleições. Imediatamente começam os pedidos de demissão mais ou menos violentos. por helenafmatos no Blasfémias
 
 
 
 
 
 
 
 

os idiotas uteis


Longe vai o tempo da Instrução Primária. Mais longe ficam os cadernos de “duas linhas”. Igualmente, ou mais distante, fica a palavra interpretação que já perdeu significado.
Vem isto a propósito das nãoticias que hoje aparecem sobre o Banco Alimentar.
Uma série de gentes escreve que “Portugueses generosos na crise”, ou que “Banco Alimentar resiste à crise e à polémica” e que ” 38000 voluntários numa recolha igual às outras” ou ainda “Portugueses criticam Jonet mas ajudam Banco Alimentar”.
Ora bem:
- 38 mil são vinte vezes mais que os “idiotas úteis” que assinaram a petiçãozinha e dão resposta “á polémica” que foi apenas fruto da imaginação em crise daqueles que nunca tiveram oportunidade de, enquanto chavalitos, aprenderem a interpretar.
- Crise, existe, claro que existe, mas a responsabilidade colectiva é bem maior e, ainda há pouco tempo, bem se mostrou nas zonas mártires de Silves e Lagoa.
- Banco Alimentar “resiste”, pois é, resiste! Tal como a “sopa do Sidónio” resistiu enquanto fez falta, mas isso pertence a outra disciplina, a da nossa História, que as gentes ignoram.
Mas, pior, é que ao olhar para os gentes de agora me lembro dos gentes que a 26 de Abril de 1975 tiveram uma surpresa:
os Portugueses de então eram mesmo estúpidos…e não foram na conversa das manchetes dos idiotas úteis do Lenine!
Seremos hoje mais idiotas e mais úteis?

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um Estado social para que os avós sustentem os netos? Já estará a acontecer aqui ao lado, em Espanha.


Em Espanha, entre 2006 e 2011 ocorreu uma inversão significativa na estrutura das despesas das famílias segundo a idade do principal angariador de rendimento. As famílias em que este têm entre 16 e 29 anos viram a despesa média descer de 11814 € por ano para 10345 €. As famílias em que este têm 65 e mais anos tiveram uma subida de 10157 € para 12093 € por ano. 
Com estes movimentos, as famílias sustentadas por idosos passaram a ter um nível de despesa superior às famílias sustentadas por pessoas no primeiro terço da vida activa. Provavelmente está a ocorrer uma redistribuição geracional de rendimento inversa da de antigamente. Agora, transferindo de avós para filhos e netos, em vez de filhos adultos para, simultaneamente, os seus pais e os seus filhos.
São sinais de um novo tempo, em que o Estado social centrado nos idosos, incapaz de lidar com as dificuldades do funcionamento do mercado de trabalho e moralmente enviesado contra a protecção de pessoas em idade activa, deixa à família alargada o papel de amortecer os efeitos da crise e, em particular, do desemprego. Mas é um movimento pouco sustentável e pouco equitativo. É pouco equitativo porque as famílias com mais recursos se protegerão melhor, agravando a desigualdade por lhes ser entregue a função redistribuidora. É pouco sustentável porque, destroçadas as carreiras contributivas dos jovens de hoje por uma inserção fragmentária do mercado de trabalho, chegará o tempo em que, com os actuais mecanismos, os idosos futuros deixarão de poder assegurar esta redistribuição.
Oxalá ninguém se confunda quanto a que este amortecedor da crise é só um amortecedor. E, se assim é em espanha, apesar de eu não ter dados para Portugal, é bem provável que não esteja a ser diferente entre nós. por Paulo Pedroso no Banco Corrido

a manifestação do caldo verde


A comunicação social fala da vigília dos militares e do sentimento de insatisfação de milhares de militares. Vistas as imagens nem milhares e acho que nem militares.por Rodrigo Moita de Deus no 31 da Armada

PETIÇÃO


 
Exmos(as) Senhores(as)
 
Presidente da República
Presidente da Assembleia da República
 
Primeiro Ministro
Ministro de Estado e das Finanças
Ministro da Defesa Nacional
Ministro da Educação e da Ciência
Restantes ministros(as)
Representantes do Governo português
 
O pretendido com esta petição não é mais do que salvaguardar um património histórico e centenário português: a existência dos três estabelecimentos militares de ensino. O Instituto dos Pupilos do Executo perfaz 101 anos, o Instituto de Odivelas 112 anos e o Colégio Militar tem já 209 anos, sendo assim o segundo estabelecimento de ensino mais antigo do país, a seguir à Universidade de Coimbra. O Colégio Militar ostenta ainda o estandarte mais condecorado do país. São dois estabelecimentos centenários e um outro já bicentenário!
 
O nosso objectivo é evitar a união destes três estabelecimentos, que terá como consequência a extinção de dois deles (Instituto dos Pupilos do Exército e Instituto de Odivelas) e também a extinção do método organizativo e tradicional dos três estabelecimentos, destruindo assim as três casas e formando uma completamente nova sem qualquer tipo de história, tradição ou mesmo valores que até hoje têm norteado estas instituições, trazendo-lhes o sólido prestígio de que são portadoras.
 
Apelamos a que deixem sobreviver estas tão reconhecidas e condecoradas casas e que não seja uma crise económica, que sabemos ser conjuntural, que leve à extinção de tão valioso e único património nacional.
De todos aqueles que amam e respeitam o Colégio Militar, o Instituto de Odivelas e o Instituto dos Pupilos do Exército,
Os signatários
Lembrado por NRP Cacine

domingo, 25 de novembro de 2012

Homens do possível

A política portuguesa "moderna" vive quase só de incidentes medíocres, de tagarelice parola, de zangas comadreiras e de "protagonistas" sem história. Em 25 de Novembro de 1975, a coragem moral, política e física de alguns dos melhores de nós - coisa de carácter que é uma qualidade com tendência a perder-se - evitou uma "guerra civil" original, um híbrido a meio caminho entre um festival de folclore e um tiroteio a sério. Naquele dia, quando a aventura militar se declarou, de mãos dadas com a extrema-esquerda e a complacência estratégica do dr. Cunhal - que se retirou a conselho de Costa Gomes e mandou evacuar os "civis" das cercanias dos quartéis -, emergiu um homem desconhecido, de ar duro e sombrio, com os olhos escondidos atrás de uns óculos escuros. Liderou com sucesso o "contra-golpe" e impôs-se, de seguida, como chefe incontestado de um exército desfeito, primeiro pela guerra, depois pelas brincadeiras do PREC. Ramalho Eanes foi porventura a criatura que mais poder concentrou nas suas mãos depois da "revolução". Eleito presidente, em 1976, uns escassos sete meses após a sua aparição na conturbada política nacional, era igualmente CEMGFA, comandante supremo e presidente do Conselho da Revolução.
Nada disso impediu, antes pelo contrário, que voltasse a disciplina à tropa e que a democracia se institucionalizasse. Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1975, na Amadora, o poder representado pelo Presidente Costa Gomes e pelo Primeiro-Ministro Pinheiro de Azevedo agradeceu publicamente a Eanes e a Jaime Neves, comandante do Regimento de Comandos, aquele gesto refundador e patriótico. Orgulhemo-nos, pois, destes homens sem os quais nada teria sido possível. por João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos
 

Mas não ouvem mais ninguém?


 
No dia em que se celebra o 25 de Novembro o site da RTP foi ouvir Varela Gomes. Sendo Varela Gomes um dos protagonistas desse dia faz todo o sentido ouvi-lo mas seria importante chegar onde é que ele esteve, o que fez, que ordens deu… e já agora se não for muito pedir podiam ouvir outros protagonistas. Mas enfim é nisto que estamos. por helenafmatos no Blasfemias

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Portugal no seu melhor!


 
 
mil voluntários puseram mãos à obra para limpar Silves deixando a cidade praticamente limpa

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

tornado...

Os estragos causados pelos ventos fortes que atingiram hoje os concelhos de Lagoa e Silves, no Algarve, provocaram dez feridos, dois deles em estado grave, indicou à agência Lusa o INEM. Oito pessoas ficaram desalojadas, disse à agência Lusa o vice-presidente da Câmara de Lagoa. dn
 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

GREVE GERAL


 
"Dia de greve geral. A rua está calma. E a imprensa está numa verdadeira agitação." Rui Costa Pinto

terça-feira, 13 de novembro de 2012

RTP


O CDS-PP criticou, esta terça-feira, a política salarial na RTP, nomeadamente os "salários milionários" que são pagos na estação de televisão pública a "algumas estrelas que vivem muito acima das posses de muitos portugueses".

cds?

El Pais


Nem a greve de três dias nem os protestos dos jornalistas do El País conseguiram travar o processo de regulação de emprego imposto pela administração do diário espanhol, que começou na segunda-feira a comunicar a 129 trabalhadores que fazem parte da lista dos despedimentos.

domingo, 11 de novembro de 2012

onde nós não estivermos outros estarão por nós...


«O cálice»
«António José Seguro tocou a corneta: eleições, sim, estamos preparados. Bravo! Mas como espera Seguro conseguir eleições antecipadas? E, já agora, como tenciona ele promover a renegociação (necessária) do programa de ajustamento? A resposta para estas questões é básica: nada, rigorosamente nada, está nas suas mãos. Para começar, a queda do governo pressupõe a falência da coligação para o ano. Um cenário possível, admito, mas que depende exclusivamente da vontade de Portas. Ou de Passos. Ou de ambos. Não do PS e da minoritária oposição parlamentar. Finalmente, é imperioso renegociar juros e prazos? Afirmativo. Mas que teria Seguro para propor se, alçado ao poder, os nossos parceiros internacionais não estivessem para aí virados? Rasgar unilateralmente o acordo? Sair do euro? Processar a sra. Merkel pelos danos causados? Seguro fala e fala e fala porque, no fundo, ele sabe que ainda existe um abismo confortável entre o PS e o cálice envenenado.» por João Pereira Coutinho, no CM lido no Portugal dos Pequeninos
 
As coisas são o que são
António José Seguro anda em "excursão" político-partidária pelo país. Foi a empresas, escolas, universidades. Aparece na rua, dentro de casa, à porta de entrada ou de saída. Vê-se em púlpitos verdejantes. Os media dão-lhe corda. Não tenho a certeza que o "povo" lhe dê a mesma corda. Todavia, as coisas são sempre como, há muitos anos e num contexto político naquele momento muito difícil (Soares "passar" à segunda volta das presidenciais em 1986), me dizia o saudoso José Ribeiro da Fonte: onde nós não estivermos outros estarão por nós. por João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos