Completamente de acordo com isto: O porta-voz do CDS-PP, João Almeida, defendeu hoje que "não faz sentido falar de mais austeridade", mas que, caso seja preciso tomar "outras medidas" não se deverá resolver o problema com mais aumento de impostos. Aliás, a simples ideia de que o executivo, para cumprir o objectivo do défice, possa reutilizar o imposto extraordinário sobre o sector privado que usou em 2011 parece-me pura ficção que só passa pelas cabecinhas de alguns malucos, até pelas implicações que tal acto teria no nível de apoio ao actual Governo. Fizessem isso e bem que podiam acenar a bandeirinha branca e darem-se como derrotados.
Nota: se o objectivo do défice não for alcançado, este Governo ficará, efectivamente, aquém da troika. Ou seja, estará a fazer exactamente o que o PS sempre disse que faria se estivesse no poder: a aplicar uma receita mais moderada do que a que seria exigida para cumprir os objectivos inicialmente definidos. O resto é conversa - embora Seguro, pelos vistos ignorando que o actual caminho, ao que tudo indica, seja o dele, continue a dizer que aplicaria uma austeridade mais moderada do que a deste Governo. É como se a qualificação «moderada» abrangesse um eixo que vai de zero ao infinito e, sinceramente, não tenho pachorra para essa retórica política vazia de conteúdo. Mas fica a pergunta: onde estão as famosas almofadas? por Mr. Brown n’ Os Comediantes