A Direcção Geral de Finanças e a PSP fizeram um acordo para que as dívidas ao fisco possam ser cobradas quando o destino parar um qualquer condutor nas estradas. Mais, o fisco, já agora, aproveita para pedir à polícia que registe os automóveis acima de 50 mil euros para que possam ser considerados como sinais exteriores de riqueza e, em caso de necessidade, essa informação seja usada.
A polícia ganha assim estatuto de polícia fiscal, tal como os funcionários da EMEL, em Lisboa, tinham já ganho o estatuto de polícias, e o cidadão comum vê, por esta via, reduzido o seu estatuto de cidadão de um Estado de direito, em que há separação de poderes e direitos constitucionais.
Como sempre, esta nova invenção do Estado para cobrar mais dinheiro a quem já nenhum tem para pagar vai recair sobre a classe que um dia foi média, mas é, cada vez mais, baixa. São estes os cidadãos que se vão ver completamente desprotegidos diante da prepotência de um Estado que usa meios ilegítimos para fazer as suas cobranças, já que não vão ser seguramente as operações stop que vão cobrar os milhões de euros que, anualmente, deixam de ser pagos em verdadeiras operações profissionais de fuga ao fisco.
Dá vontade de apelar à fuga generalizada à Operação Stop ao Estado de Direito. Raquel Abecasis no PAGINA 1