O recuo do Governo no encerramento de algumas urgências foi recebido no PS com surpresa, porque, segundo confidenciaram ao CM alguns socialistas, “é um recuar a que nós não estamos habituados no PS”. Até agora, o “B.I.” (o estilo) do primeiro-ministro “era tomar a decisão e seguir em frente”, acrescentaram, sublinhando que “é de certeza um caso isolado”.
Serviços de saúdeGoverno alarga acordos
Em visita ao Hospital do Montijo, o ministro da Saúde recusou admitir um recuo na decisão de encerrar as Urgências de 15 concelhos. E abriu portas à negociação com os restantes municípios afectados pelo relatório da Comissão. Correia de Campos não deixa cair os “hospitais de proximidade”, por isso vai ainda alargar as reuniões a outros concelhos do País.
Apenas um dia depois de assinar o protocolo que pôs termo ao encerramento das Urgências em seis municípios – nos moldes anunciados – e do buzinão que ecoou na Margem Sul do Tejo, o ministro da Saúde, Correia de Campos, foi ontem ao Hospital do Montijo garantir que está disponível para negociar novos protocolos de reestruturação com as nove autarquias para as quais o relatório da Comissão Técnica de Apoio sugeriu o encerramento das Urgências.
Duas já responderam: o Fundão aceitou o protocolo, apesar de ainda não o ter assinado. Ovar rejeitou chegar a acordo
Dos outros sete municípios, São João da Madeira, Estarreja, Vila do Conde e Régua admitem estar em negociações com o Governo. Peniche agendou uma reunião de informação à população para o próximo sábado, mas negou estar a traçar qualquer acordo com o Ministério da Saúde. A incógnita mantém-se sobre Lisboa, onde está planeado o encerramento das urgências no Hospital Curry Cabral, e na Anadia.
Durante a visita ao Hospital, Correia de Campos garantiu que “todas essas [15] autarquias foram convidadas para serem recebidas”. E abriu portas a novos consensos. “Algumas foram convidadas e não aceitaram na primeira vaga, mas estamos disponíveis para esta segunda vaga” de reuniões, disse o ministro.
Ao que o CM apurou, o Governo não reduz as reuniões aos concelhos visados no relatório da Comissão. “Ninguém disse que o ministro está a negociar apenas com os 15 concelhos, está a negociar com muito mais municípios”, garantiu fonte do Ministério da Saúde.
Correia de Campos quer continuar pela via negocial para evitar mais protestos populares. Durante a visita, o ministro fez questão de sublinhar que a assinatura dos protocolos “é uma demonstração de que é pela conversação que se resolvem os problemas”. “Não é pela mobilização, pelo barulho.” Estarreja leu nas entrelinhas e suspendeu, para já, os protestos agendados. Valença, porém, prepara nova ofensiva e Arcos de Valdevez manifesta-se quarta-feira.
Transmontanos Não Falam De Outra Coisa
Em Macedo de Cavaleiros não se falava ontem de outra coisa, afinal foi o único concelho onde o Governo cedeu por completo na decisão de encerramento das Urgências.
Com a assinatura do acordo com o Governo, o Hospital de Macedo de Cavaleiros ganhou um helicóptero para socorro de emergência e transporte. A partir de Outubro, será também instalada uma unidade de convalescença no hospital local que irá servir o Distrito de Bragança. CM 2007-02-26 -
Em visita ao Hospital do Montijo, o ministro da Saúde recusou admitir um recuo na decisão de encerrar as Urgências de 15 concelhos. E abriu portas à negociação com os restantes municípios afectados pelo relatório da Comissão. Correia de Campos não deixa cair os “hospitais de proximidade”, por isso vai ainda alargar as reuniões a outros concelhos do País.
Apenas um dia depois de assinar o protocolo que pôs termo ao encerramento das Urgências em seis municípios – nos moldes anunciados – e do buzinão que ecoou na Margem Sul do Tejo, o ministro da Saúde, Correia de Campos, foi ontem ao Hospital do Montijo garantir que está disponível para negociar novos protocolos de reestruturação com as nove autarquias para as quais o relatório da Comissão Técnica de Apoio sugeriu o encerramento das Urgências.
Duas já responderam: o Fundão aceitou o protocolo, apesar de ainda não o ter assinado. Ovar rejeitou chegar a acordo
Dos outros sete municípios, São João da Madeira, Estarreja, Vila do Conde e Régua admitem estar em negociações com o Governo. Peniche agendou uma reunião de informação à população para o próximo sábado, mas negou estar a traçar qualquer acordo com o Ministério da Saúde. A incógnita mantém-se sobre Lisboa, onde está planeado o encerramento das urgências no Hospital Curry Cabral, e na Anadia.
Durante a visita ao Hospital, Correia de Campos garantiu que “todas essas [15] autarquias foram convidadas para serem recebidas”. E abriu portas a novos consensos. “Algumas foram convidadas e não aceitaram na primeira vaga, mas estamos disponíveis para esta segunda vaga” de reuniões, disse o ministro.
Ao que o CM apurou, o Governo não reduz as reuniões aos concelhos visados no relatório da Comissão. “Ninguém disse que o ministro está a negociar apenas com os 15 concelhos, está a negociar com muito mais municípios”, garantiu fonte do Ministério da Saúde.
Correia de Campos quer continuar pela via negocial para evitar mais protestos populares. Durante a visita, o ministro fez questão de sublinhar que a assinatura dos protocolos “é uma demonstração de que é pela conversação que se resolvem os problemas”. “Não é pela mobilização, pelo barulho.” Estarreja leu nas entrelinhas e suspendeu, para já, os protestos agendados. Valença, porém, prepara nova ofensiva e Arcos de Valdevez manifesta-se quarta-feira.
Transmontanos Não Falam De Outra Coisa
Em Macedo de Cavaleiros não se falava ontem de outra coisa, afinal foi o único concelho onde o Governo cedeu por completo na decisão de encerramento das Urgências.
Com a assinatura do acordo com o Governo, o Hospital de Macedo de Cavaleiros ganhou um helicóptero para socorro de emergência e transporte. A partir de Outubro, será também instalada uma unidade de convalescença no hospital local que irá servir o Distrito de Bragança. CM 2007-02-26 -