Alargamento do subsidio social do desemprego a mais 15 mil pessoas, projecto do TGV com impacto no emprego e na economia já em 2009 e disponibilidade para, a qualquer altura, adoptar novas medidas: estas foram as novidades dadas por José Sócrates na entrevista à RTP relativamente ao combate à crise económica.
Um dia antes de um debate parlamentar em que se irão discutir as políticas de apoio social do Governo, o primeiro-ministro anunciou na RTP que as condições de acesso ao subsídio social de desemprego serão facilitadas.
O limite de rendimentos per capita do agregado familiar do potencial beneficiário vai passar dos actuais 330 euros para 450 euros. De acordo com José Sócrates serão mais 15 mil pessoas que vão passar a contar com este subsídio, a juntar às 50 mil actuais.
O anúncio da nova medida foi feito numa fase da entrevista em que o primeiro-ministro garantia que, se for necessário, o Governo tomará novas medidas de combate à crise. “A prioridade é executar as medidas já anunciadas, mas iremos ver se são precisas mais”, disse Sócrates, falando da necessidade encarar com “humildade” a presente situação.
Repetindo por diversas vezes que a contracção da economia portuguesa se deve à conjuntura internacional e assinalando que “há muito países pior do que nós”, o líder socialista voltou a defender uma estratégia económica centrada no investimento público. E respondeu às críticas feitas aos grandes projectos afirmando que “não devemos adiar projectos estruturantes porque estamos em crise, é exactamente o contrário”.
E falando em particular do investimento na linha do TGV, Sócrates mostrou-se convicto que terá “um impacto absolutamente extraordinário” na economia e no emprego, que se fará sentir já “em 2009 e 2010”.
Questionado especificamente sobre os custos e benefícios do projecto, o primeiro-ministro sugeriu aos jornalistas que consultassem os estudos disponíveis na página de internet do Ministério das Obras Públicas.
O tema da possível derrapagem do défice público não foi praticamente abordado, tendo José Sócrates reiterado ainda mais um dos pilares da estratégia de combate à crise do seu Governo. “Quando nos criticam por ajudar as empresas, desenganem-se. Vamos continuar a fazê-lo”, afirmou. in Público
é bom lembrar que o FMI prevê:
o desemprego em Portugal será de 11% em 2010 e este ano ficará em 9,6%.
a Economia contrai 4,1% este ano e 0,5% no próximo
as Contas públicas terão: 6% de défice em 2009 e 6,1% em 2010
o desemprego em Portugal será de 11% em 2010 e este ano ficará em 9,6%.
a Economia contrai 4,1% este ano e 0,5% no próximo
as Contas públicas terão: 6% de défice em 2009 e 6,1% em 2010