A
propósito do sistema educativo, lembro - me das conversas que tive, em 2004 -
2005, com a "minha" Ministra do Ensino Superior, Graça Carvalho,
sobre o processo de Bolonha.
Nunca
gostei de tais alterações que sempre tresandaram a asneira. E asneira a vários
títulos: pouco tempo na formação universitária, confusão entre graus, entradas
precoces em mercado de trabalho.
Bolonha
veio confundir licenciaturas com bacharelatos, por um lado, e com mestrados,
pelo outro. Cada vez é mais frequente ouvir Universitários dizerem: "
acabo o curso este ano " e provocarem surpresa pela rapidez. Mas, logo a
seguir, retorquem: " Mas vou fazer o mestrado!!...".
Fazer
o mestrado é bom mas não como substituto de metade da licenciatura. Um mestrado
é um aprofundamento, uma especialização, por vezes uma especificação, da
formação geral recebida na licenciatura.
Tenho
um Filho em Direito e dois em Gestão ( uma na Nova, outro no ISEG). Vou, pois,
acompanhando, para além do meu contato regular com a Universidade. É muita
matéria em 4 anos e as matérias necessárias são cada vez mais.
É
preciso não ter receio de pôr em debate, para decisão, a substituição do quadro
traçado por esse acordo internacional. As pessoas precisam de sentir que se
aprende com os erros e que se trabalha para pôr em ordem aquilo que não provou.
Há dias, Jorge Miranda falou muito bem sobre os erros de Bolonha.por
Pedro Santana
Lopes