O Diário
de Noticias que ainda não pediu desculpa aos seus leitores pelo espaço que
concedeu aquele a que agora chama “burlão” escreve-se hoje:
Burlão mantém que é "colaborador voluntário" da
ONU
Numa longa
nota enviada à Agência Lusa após uma troca de mensagens em que sempre recusou
dar entrevistas, porque não quer "protagonismos", Artur Baptista da
Silva queixa-se das acusações de que está a ser alvo, da devassa da sua vida
privada, explica a sua ligação à ONU e dedica a maior parte do seu comunicado
com a argumentação utilizada nas várias intervenções públicas e entrevistas que
convenceram muita gente.
…
Na sua
nota, Baptista da Silva começa por mostrar desagrado com os "ataques"
da comunicação social de que se diz alvo, aludindo a um "regresso à
antiguidade clássica" em que "quando a mensagem não agrada aos
poderes instituídos legítimos e/ou ilegítimos, assassina-se o mensageiro".
Afirma
Baptista da Silva que "tal como o poder político, também alguma comunicação
social é muito forte com os que lhe parecem ser fracos e cobardemente fraca com
os fortes cujos poderes a manietam".
…
Artur
Baptista da Silva está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República
"A
PGR está atenta, a analisar as notícias publicadas e a recolher elementos que complementem
os que, de forma genérica, foram até ao momento divulgados", informou
quarta-feira a PGR.
Também as
Nações Unidas, contactadas pela Lusa, confirmaram oficialmente que Artur
Baptista da Silva, que se apresentou perante vários jornalistas como consultor
da ONU, não está ligado à instituição.
Artur
Baptista da Silva deu várias entrevistas à comunicação social, apresentando-se como
coordenador de um observatório da ONU.
O
International Club de Portugal é uma das instituições que já admitiu recorrer
aos tribunais caso se comprove que há fraude.
Esta classe, altamente corporativada, ainda não
percebeu que o problema não é o Artur, são os “batistas da silva” que diariamente
nos apresentam e, pior, que aqueles que os lêem merecem um pedido de desculpas
e não de auto-desculpabilização e ameaças àquele convidaram a “botar discurso”
que faz manchete.