domingo, 13 de maio de 2012

De que é que se fazem as notícias?

Cada vez mais tenho a sensação de que o leitor necessita de ter à sua disposição uma espécie de “manual de instruções” para ler as notícias. Principalmente, os denominados “furos” ou as ”manchetes”.

Numa imprensa que faz das opções editoriais, em termos político-ideológicos, um tabu; num ambiente em que, naturalmente, se finge que se é imparcial e em que se joga a parcialidade, as sensibilidades e até mesmo os interesses próprios ou de outrém através do que se publica ou edita … mas sempre representando uma espécie de imparcialidade e independência que não existem (nem tem mal nenhum que não existam, desde que se assuma ao que se vem, directa e transparentemente!), em resumo, numa imprensa assim, começamos a compreender que o que se noticia e, principalmente, a forma como se noticia, dependem de uma agenda escondida.

É frequente insinuar-se muita coisa (nos títulos ou nas “manchetes”) que depois, lendo-se a notícia, se resume a muito pouco ou nada!Porquê uma concreta manchete ou especial destaque, porquê aquela determinada notícia - quando não há nada de relevante para se dizer ou acrescentar ao que já se conhece. Porquê esta forma de intoxicação de uma opinião pública que só lê, muitas vezes, manchetes (e mal).

Isso é muito notório (diria, mesmo, notório de uma forma básica) na imprensa desportiva. Mss na política, também, ainda que de uma forma mais sofisticada. por PMF no Blasfémias
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Faz um ano num jantar do Clube Português de Imprensa Francisco Pinto Balsemão afirmou que, actualmente, grande parte das notícias "são rumores perigosíssimos" "provenientes de pessoas que se acovardam".
“Actualmente as fontes jornalísticas cada vez mais não gostam de dar a cara e inventam factos", acentuou, sublinhando que os media estão cada vez mais "reféns do jornalisticamente correcto". dn