domingo, 30 de julho de 2006

Maria João Pires, Belgais e a Silly Season: quatro “notáveis” sequênciais noticias da Lusa que nós pagamos!

durante horas não apareceu nada sem interessse! Então surgiu a "nuticia"
Agência LUSA 2006-07-28 13:49:45
Projecto Belgais mantém-se inalterado
O Centro de Belgais para o Estudo das Artes, fundado nos arredores de Castelo Branco pela pianista Maria João Pires, vai continuar as suas actividades como até aqui, garantiu hoje à Lusa fonte da associação.
"O projecto não está em causa, não está para acabar" sustentou a fonte do Centro.
O mesmo informador assinalou que Maria João Pires deixou a presidência do projecto Belgais há cerca de um mês, numa assembleia geral em que a pianista esteve presente e durante a qual indicou o coordenador artístico, maestro César Viana, como novo responsável directivo da associação.
"O César Viana é o presidente, mas Maria João Pires continua na associação, só deixou de presidir", disse.
Argumentou que, apesar da mudança directiva, a actividade da associação "se mantém inalterada", exemplificando com actividades relacionadas com o coro infantil, escola da Mata e residências artísticas "realizadas como previsto" já sob a presidência de César Viana.
Segundo a fonte, os protocolos em vigor com diversas entidades, públicas e privadas, entre as quais o Ministério da Cultura, Instituto Português da Juventude e autarquia de Castelo Branco, vão ser cumpridos, bem como o plano de actividades do Centro para o estudo das artes de Belgais.
Confrontada com as declarações da pianista portuguesa, quinta- feira, à rádio Antena 2, em que Maria João Pires confessou que o seu projecto musical em Belgais lhe causou enorme sofrimento, não escondeu que os colaboradores da associação "foram apanhados de surpresa".
No entanto, remeteu mais esclarecimentos sobre esta e outras questões relacionadas com Belgais para o maestro César Viana, o qual, até ao momento, não pôde ser contactado.
A pianista, que se encontra no Brasil, afirmou ter ido para aquele país para se salvar "dos malefícios que Portugal" lhe estava a fazer, acrescentando, sem especificar, ter sido "vítima de uma verdadeira tortura".
Referindo-se ao Centro de Belgais, que fundou em Castelo Branco para incentivar o estudo da música, Maria João Pires disse:
"Sofri fisicamente todos os anos que dediquei àquele projecto e não consegui mais do que um início".
Nascida em 23 de Julho de 1944, em Lisboa, Maria João Pires deu o seu primeiro recital aos 5 anos mas só em 1970 o seu talento foi reconhecido internacionalmente, quando venceu, em Bruxelas, o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven.
Interpretando obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms e Chopin viajou por todo o mundo, tornando-se uma presença regular em salas de concerto da Europa, Canadá, Japão, Israel e nos Estados Unidos.
Recebeu, em 1989, o Prémio Pessoa e em 1999 fundou o Centro para o Estudo das Artes, em Belgais.
Agência LUSA 2006-07-28 16:14:38
Ministério acusa Maria João Pires de nunca ter justificado subsídio de 65 mil euros
O Ministério da Educação concedeu um apoio total de 1,8 milhões de euros ao Centro de Belgais para o Estudo das Artes, criado pela pianista Maria João Pires, disse hoje à Agência Lusa fonte oficial.
De acordo com o director da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), Luís Capucha, as verbas têm sido concedidas desde 2000 no âmbito de um protocolo assinado entre o Ministério da Educação e a associação que gere o projecto.
O director da DGIDC, que assinalou à Lusa ter vindo a acompanhar o projecto desde a sua criação, nos arredores de Castelo Branco, mostrou-se "surpreendido" com as declarações feitas pela pianista à rádio Antena 2.
"Essas declarações (de Maria João Pires) não devem com certeza referir-se ao Ministério da Educação - observou - porque nós cumprimos sempre todos os compromissos" com o Centro de Belgais.
Numa entrevista concedida quinta-feira à rádio Antena 2, a pianista Maria João Pires, mentora do centro, declarou ter sido "vítima de uma verdadeira tortura" para realizar o projecto, razão pela qual decidiu ir viver para o Brasil para se "salvar dos malefícios de Portugal".
A pianista disse ainda ter sofrido fisicamente pela dedicação ao Centro de Belgais para o Estudo das Artes, por ela fundado em 1999 para desenvolver um projecto de ensino alternativo das artes, nomeadamente com uma escola para crianças.
Luís Capucha indicou que, entre 2000 e o final deste ano, o Centro de Belgais deverá receber do Ministério da Educação um total de 1.820.612 euros que visam "financiar uma experiência pedagógica na Escola da Mata, nomeadamente cursos, encontros, oficinas e o próprio Coro Infantil de Belgais".
O responsável recordou que, em Junho de 2000, foi assinado um primeiro protocolo válido por dois anos no valor de um milhão de euros, renovado depois em Janeiro de 2003 com um valor de 548.678 euros.
Em Dezembro do ano passado, foi assinado novo protocolo com validade de um ano para conceder mais um apoio de 274.339 euros "que estão a ser entregues em tranches trimestrais, a segunda das quais paga depois de uma visita efectuada este mês à Escola da Mata", acrescentou.
Questionado sobre a justificação do destino das verbas pelo centro, o director da DGIDC esclareceu que "o projecto foi acompanhado nos termos do protocolo assinado entre ambas as partes".
Por sua vez, o Ministério da Cultura referiu hoje à Lusa ter apoiado o Centro de Belgais para o Estudo das Artes com 65 mil euros em 2003, mas até ao momento a aplicação da verba "nunca foi justificada".
O centro tem recebido igualmente apoios da Câmara Municipal de Castelo Branco, além da Caja Duero, da Fundação Avina e Yamaha Pianos.
Agência LUSA 2006-07-28 17:19:42
Maria João Pires "torturada" por funções administrativas, não abandona
O presidente da associação Belgais, fundada nos arredores de Castelo Branco por Maria João Pires, afirmou hoje que a "tortura" evocada pela pianista decorria das funções administrativas a seu cargo e não representa um abandono do projecto.
"Belgais continua, e continua com a Maria João Pires. Não há de todo um abandono, pelo contrário, só uma alteração de funções" disse à Agência Lusa o maestro César Viana, responsável do Centro de Belgais para o Estudo das Artes.
Na quinta-feira, em declarações à rádio Antena 2, Maria João Pires confessou que o seu projecto musical em Belgais lhe causou enorme sofrimento, assumindo-se, sem especificar, como "vítima de uma verdadeira tortura".
O director de Belgais explica que a "tortura" diz respeito às funções administrativas que a pianista desempenhava no centro educativo, alteradas há cerca de um mês quando deixou, em Assembleia Geral, a direcção da associação, para ser substituída pelo próprio César Viana.
"Era um absurdo que a consumia e torturava, dedicar 90 por cento do tempo a funções administrativas. É uma luta imensa procurar apoios financeiros que não aparecem", esclareceu o maestro.
Segundo este, Maria João Pires, tendo embora deixado de ser presidente da direcção, "continua na associação e passa a concentrar- se mais nas questões artísticas e pedagógicas".
"Foi esse - sustentou - o objectivo da alteração. Aliás, se a decisão não tivesse sido tomada em perfeita consonância com ela nunca aceitaria esta posição".
Quanto à ausência da pianista no Brasil, onde tem casa e pretende dar corpo a um projecto similar ao de Belgais, em São Salvador da Baía, o maestro considera "absolutamente natural" a pretensão de Maria João Pires.
"À absolutamente natural que o queira fazer. Passa parte do tempo no Brasil, o ano passado esteve lá cinco meses e é uma pessoa muito generosa", afirmou.
Em relação a Belgais, César Viana reiterou que o projecto vai continuar, "e, se possível, ser melhorado", incluindo todas as vertentes actuais que passam pelo coro infantil, as residências artísticas, concertos e o projecto educativo da escola da Mata, entre outras actividades.
Nascida em 23 de Julho de 1944, em Lisboa, Maria João Pires deu o seu primeiro recital aos 5 anos mas, só em 1970, o seu talento foi reconhecido internacionalmente, quando venceu, em Bruxelas, o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven.
Interpretando obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms, Chopin viajou por todo o mundo, tornando-se uma presença regular em salas de concerto da Europa, Canadá, Japão, Israel e nos Estados Unidos.
Recebeu, em 1989, o Prémio Pessoa e em 1999 fundou o Centro para o Estudo das Artes, em Belgais.
e, para acabar o “dia sem noticias”: o dito por não dito!
Agência LUSA 2006-07-29 00:00:02
A pianista portuguesa Maria João Pires garantiu que não irá abandonar o Centro para o Estudo das Artes em Belgais, em Castelo Branco, porque pode trabalhar no projecto "sem gostar de Portugal".
Numa carta endereçada aos jornalistas portugueses e enviada à agência Lusa, a pianista começa por declarar que "Belgais não fechou nem vai fechar".
Maria João Pires está no Brasil, onde, em declarações à Antena 2 na quinta-feira, confessou que o seu projecto musical em Belgais lhe causou enorme sofrimento, assumindo-se, sem especificar, como "vítima de uma verdadeira tortura".
O presidente da associação Belgais afirmou que a "tortura" evocada pela pianista decorria das funções administrativas a seu cargo e não representa um abandono do projecto.
"Belgais continua, e continua com a Maria João Pires. Não há de todo um abandono, pelo contrário, só uma alteração de funções" disse à agência Lusa o maestro César Viana.
"Em Belgais, a erva cresceu porque a equipa está de férias", explicou a artista na carta hoje divulgada, acrescentando: "Eu trabalho em Belgais regularmente e não tenciono nunca abandonar aquilo que eu própria criei".
Relembrando o trabalho de alguns dos seus colaboradores naquele centro e concertos agendados a longo prazo, a pianista adiantou que a experiência pedagógica ali realizada "continua e o Ministério da Educação tem colaborado de uma forma positiva como sempre o fez".
Reagindo a declarações de uma fonte do gabinete da ministra da Cultura, segundo as quais Belgais nunca teria justificado como gastou uma verba de 65 mil euros atribuída pelo Governo em 2003, a pianista garantiu que a tutela irá receber os justificativos em breve.
Fez uma alusão ao facto de o centro de Belgais não ter patrocinadores privados e comentou que provavelmente nunca terá, "num país como Portugal, que se comporta sem algum interesse pelas gerações futuras nem por projectos que incentivem valores morais, solidariedade, educação, respeito pelo ambiente, amizade e camaradagem".
"Ao inverso", acrescentou, Portugal preocupa-se com "sensacionalismo mentira, intriga, conflito e consumismo".
Confirmou ter comprado uma casa na Baía, onde tem "descansado de Portugal", porque ali, ao contrário de Portugal, é-lhe permitido descansar.
A pianista termina a missiva agradecendo aos jornalistas que não omitam palavras nem manipulem o que escreveu.
Nascida em 23 de Julho de 1944, em Lisboa, Maria João Pires deu o seu primeiro recital aos 5 anos mas, só em 1970, o seu talento foi reconhecido internacionalmente, quando venceu, em Bruxelas, o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven.
Interpretando obras de Bach, Beethoven, Schumann, Schubert, Mozart, Brahms, Chopin viajou por todo o mundo, tornando-se uma presença regular em salas de concerto da Europa, Canadá, Japão, Israel e nos Estados Unidos.
Recebeu, em 1989, o Prémio Pessoa e, em 1999, fundou o Centro para o Estudo das Artes, em Belgais.