sexta-feira, 5 de agosto de 2005

À margem!


“Sem vergonha”
Todos sabíamos, mas alguns fingem não ver, qual o comportamento dos socialistas quando atingem o poder. Com uma fria e metódica objectividade, assaltam todos os cargos em empresas públicas, sem preocupações de qualquer ordem, que não seja a de abocanhar o dinheiro dos portugueses.O que se passou desde há quatro meses é o sinal do mais descarado despudor, no controle das empresas que ainda são tuteladas pelo Estado, com a cobertura da comunicação social, que nada diz, nada comenta, tudo esconde.Certos da impunidade, e aproveitando o facto de os portugueses estarem de férias, o Governo “tomou de assalto” a Caixa Geral de Depósitos, saneando alguns dos administradores. Sem qualquer vergonha, Sócrates nomeou, para a administração, o homem da fundação rodoviária, o tal que foi demitido por Sampaio, numa atitude de desafio ao Presidente.
Sem vergonha, deixou ficar na administração Celeste Cardona, cuja competência foi colocada em causa pelos próprios socialistas.Esta opção é fruto da concepção “saloia” da política, uma vez que se pretende insistir numa tese já gasta, de entrincheirar o PSD entre o PS e o CDS, quando os campos estão cada vez mais clarificados, ou seja, apesar de algumas alianças pontuais para as eleições autárquicas, o CDS perdeu o seu estatuto de partido de poder, uma vez que os seus dirigentes estão a produzir declarações redutoras, quanto ao papel do partida de direita no espaço político português.Este favor concedido pelo PS ao CDS acaba por se virar contra os socialistas, não atingindo os seus objectivos de incomodar o PSD.
Uma coisa é certa, que tudo isto sirva de lição aqueles que pretendem continuar com a cabeça na areia, quanto ao famoso e triste bloco central.
Vítor Fonseca. PrimeiroDeJaneiro