Antigo autarca não garante autoria de Sócrates
O antigo autarca da Guarda disse, esta sexta-feira, não saber se os projectos assinados por José Sócrates eram da sua autoria. Abílio Curto lamentou ainda a dimensão que ganharam as declarações que proferiu em Julho sobre este caso.
O antigo Presidente da Câmara da Guarda, Abílio Curto, afirmou, esta sexta-feira, não poder assegurar se o primeiro-ministro foi o autor de numerosos projectos de arquitectura e engenharia que assinou e entregou na autarquia da Guarda na década de 80.
Em declarações à TSF, o antigo autarca frisou que José Sócrates apresentou «muitos projectos», mas que não sabe se eram ou não da sua autoria.Estas declarações surgem na sequência do primeiro-ministro ter assumido a autoria de todos os projectos que fez enquanto engenheiro técnico, depois de ter sido acusado de ter assinado vários projectos que não seriam seus, segundo o jornal Público.
Abílio Curto tinha, em Julho do ano passado, divulgado a actividade privada de José Sócrates como projectista, frisando que ele «mandava muitos projectos para a Câmara da Guarda» e que nem todos «seriam da autoria dele», o que motivou uma investigação do Público sobre o caso.
O antigo presidente da autarquia da Guarda disse agora à TSF que considera «lamentável» que as declarações que proferiu em Junho sejam agora noticia, retiradas «completamente fora do contexto», acrescentando que «está em curso uma campanha para denegrir a imagem do primeiro-ministro».
«Na altura, o que disse foi que o engenheiro Sócrates era um dos técnicos que apresentava muitos projectos na Câmara Municipal da Guarda, assinados por ele», frisou.
Para o antigo autarca, é «público e notório» em várias câmaras do país que os técnicos que estão inscritos numa câmara e não possam assinar projectos para essa mesma câmara acabem por «pedir a outros que estão inscritos».
José Sócrates considera notícia «ataque pessoal e político»
Antes da tomada de posse dos novos secretários de Estado, o primeiro-ministro, José Sócrates, disse que a «pretensa notícia» do jornal Público de que assinou projectos que não eram seus durante a década de 80 é «um ataque pessoal e político».
José Sócrates fez esta declaração pouco antes da tomada de posse de sete secretários de Estado, no Palácio de Belém, em Lisboa. «Quero fazer uma breve declaração para considerar absolutamente deplorável a notícia do Público, que me diz respeito. É uma pretensa notícia. É basicamente um ataque pessoal e político», afirmou. O Público noticia hoje que José Sócrates assinou entre 1980 e 1990 dezenas de projectos de arquitectura e engenharia de que não era autor, depois aprovados pela Câmara da Guarda. «Com clareza», o chefe do Governo garantiu que todos os projectos em causa eram seus e da sua responsabilidade. «Todos os projectos que assinei durante a década de 80 são da minha autoria e da minha responsabilidade», afirmou aos jornalistas no Palácio de Belém. Para o primeiro-ministro, a notícia do Público «é um insulto», embora não esclareça se vai ou não processar o jornal Público.
Sócrates assume autoria de projectos
O primeiro-ministro assumiu a autoria de vários projectos realizados nos anos 80 enquanto engenheiro técnico. O jornal Público encontrou 27 projectos na autarquia da Guarda assinados por José Sócrates. Contudo, os donos das obras dizem que a autoria destes não pertence ao actual primeiro-ministro.
O primeiro-ministro diz assumir a autoria de todos os projectos que fez enquanto engenheiro técnico, isto depois de ter sido acusado de ter assinado vários projectos, nomeadamente na Guarda, que não seriam seus.O desmentido foi feito numa carta enviada em Outubro ao jornal Público, que investigou esta questão, e que foi remetida também à redacção da TSF.Nesta carta, o gabinete de José Sócrates explicou que o actual chefe de Governo exerceu funções de engenheiro técnico nos quadros da autarquia da Covilhã entre 1981 e 1987, que acumulou com as funções do mesmo género que exercia numa empresa privada.Neste documento, explica-se ainda que José Sócrates abandonou as suas funções na câmara da Covilhã a partir do momento em que surgiu uma incompatibilidade entre as duas funções que exercia determinada por um decreto-lei de 1989.A missiva acusa ainda o jornal Público de fazer «arqueologia jornalistica com o fim de descobrir qualquer coisa que permita atacar pessoal e profissionalmente» o actual primeiro-ministro.Questionado pelo jornal, José Sócrates, que não inclui esta faceta no seu currículo, confirmou que exerceu funções privadas nesta área desde 1980, mas não esclareceu o tipo, o número nem as obras que projectou nessa altura.
O jornal Público consultou aleatoriamente mil dos cerca de quatro mil projectos submetidos à Câmara Municipal da Guarda entre 1981 e 1990, tendo encontrado 27 com a assinatura do actual primeiro-ministro.Contudo, os donos destas obras que, na sua maioria se referem a casas feitas por emigrantes, asseguraram que estas não são da autoria de Sócrates.Este diário refere também que há projectos assinados na altura em que José Sócrates foi engenheiro técnico ao serviço da autarquia da Covilhã, documento quase sempre alvo de reconhecimento notarial.Ainda segundo o Público, a letra usada não corresponde à do primeiro-ministro, mas sim a que consta nos autos das vistorias realizadas no fim das obras pelos técnicos da obra.De acordo com o jornal, a letra de Fernando Caldeira, colega de curso de Sócrates, é a que consta nesses autos, e que por ser funcionário da autarquia não podia legalmente assumir a autoria de projectos na área do concelho.O Público assinalou ainda que outra das características de muitos dos projectos assinados por Sócrates é a rapidez com que foram aprovados.Isto apesar das críticas de que estes projectos foram alvo por parte das observações críticas dos arquitectos da autarquia da Guarda e dos pareceres contrários da Administração Central. TSF 01Fev08
Autarca da Guarda considera “inquestionável” a autoria dos projectos assinados por Sócrates
Áudio: Sócrates considera notícia um "ataque pessoal e político" (cortesia Rádio Clube)
Carta de José Sócrates ao PÚBLICO
Galeria fotográfica: Projectos de José Sócrates
O antigo autarca da Guarda disse, esta sexta-feira, não saber se os projectos assinados por José Sócrates eram da sua autoria. Abílio Curto lamentou ainda a dimensão que ganharam as declarações que proferiu em Julho sobre este caso.
O antigo Presidente da Câmara da Guarda, Abílio Curto, afirmou, esta sexta-feira, não poder assegurar se o primeiro-ministro foi o autor de numerosos projectos de arquitectura e engenharia que assinou e entregou na autarquia da Guarda na década de 80.
Em declarações à TSF, o antigo autarca frisou que José Sócrates apresentou «muitos projectos», mas que não sabe se eram ou não da sua autoria.Estas declarações surgem na sequência do primeiro-ministro ter assumido a autoria de todos os projectos que fez enquanto engenheiro técnico, depois de ter sido acusado de ter assinado vários projectos que não seriam seus, segundo o jornal Público.
Abílio Curto tinha, em Julho do ano passado, divulgado a actividade privada de José Sócrates como projectista, frisando que ele «mandava muitos projectos para a Câmara da Guarda» e que nem todos «seriam da autoria dele», o que motivou uma investigação do Público sobre o caso.
O antigo presidente da autarquia da Guarda disse agora à TSF que considera «lamentável» que as declarações que proferiu em Junho sejam agora noticia, retiradas «completamente fora do contexto», acrescentando que «está em curso uma campanha para denegrir a imagem do primeiro-ministro».
«Na altura, o que disse foi que o engenheiro Sócrates era um dos técnicos que apresentava muitos projectos na Câmara Municipal da Guarda, assinados por ele», frisou.
Para o antigo autarca, é «público e notório» em várias câmaras do país que os técnicos que estão inscritos numa câmara e não possam assinar projectos para essa mesma câmara acabem por «pedir a outros que estão inscritos».
José Sócrates considera notícia «ataque pessoal e político»
Antes da tomada de posse dos novos secretários de Estado, o primeiro-ministro, José Sócrates, disse que a «pretensa notícia» do jornal Público de que assinou projectos que não eram seus durante a década de 80 é «um ataque pessoal e político».
José Sócrates fez esta declaração pouco antes da tomada de posse de sete secretários de Estado, no Palácio de Belém, em Lisboa. «Quero fazer uma breve declaração para considerar absolutamente deplorável a notícia do Público, que me diz respeito. É uma pretensa notícia. É basicamente um ataque pessoal e político», afirmou. O Público noticia hoje que José Sócrates assinou entre 1980 e 1990 dezenas de projectos de arquitectura e engenharia de que não era autor, depois aprovados pela Câmara da Guarda. «Com clareza», o chefe do Governo garantiu que todos os projectos em causa eram seus e da sua responsabilidade. «Todos os projectos que assinei durante a década de 80 são da minha autoria e da minha responsabilidade», afirmou aos jornalistas no Palácio de Belém. Para o primeiro-ministro, a notícia do Público «é um insulto», embora não esclareça se vai ou não processar o jornal Público.
Sócrates assume autoria de projectos
O primeiro-ministro assumiu a autoria de vários projectos realizados nos anos 80 enquanto engenheiro técnico. O jornal Público encontrou 27 projectos na autarquia da Guarda assinados por José Sócrates. Contudo, os donos das obras dizem que a autoria destes não pertence ao actual primeiro-ministro.
O primeiro-ministro diz assumir a autoria de todos os projectos que fez enquanto engenheiro técnico, isto depois de ter sido acusado de ter assinado vários projectos, nomeadamente na Guarda, que não seriam seus.O desmentido foi feito numa carta enviada em Outubro ao jornal Público, que investigou esta questão, e que foi remetida também à redacção da TSF.Nesta carta, o gabinete de José Sócrates explicou que o actual chefe de Governo exerceu funções de engenheiro técnico nos quadros da autarquia da Covilhã entre 1981 e 1987, que acumulou com as funções do mesmo género que exercia numa empresa privada.Neste documento, explica-se ainda que José Sócrates abandonou as suas funções na câmara da Covilhã a partir do momento em que surgiu uma incompatibilidade entre as duas funções que exercia determinada por um decreto-lei de 1989.A missiva acusa ainda o jornal Público de fazer «arqueologia jornalistica com o fim de descobrir qualquer coisa que permita atacar pessoal e profissionalmente» o actual primeiro-ministro.Questionado pelo jornal, José Sócrates, que não inclui esta faceta no seu currículo, confirmou que exerceu funções privadas nesta área desde 1980, mas não esclareceu o tipo, o número nem as obras que projectou nessa altura.
O jornal Público consultou aleatoriamente mil dos cerca de quatro mil projectos submetidos à Câmara Municipal da Guarda entre 1981 e 1990, tendo encontrado 27 com a assinatura do actual primeiro-ministro.Contudo, os donos destas obras que, na sua maioria se referem a casas feitas por emigrantes, asseguraram que estas não são da autoria de Sócrates.Este diário refere também que há projectos assinados na altura em que José Sócrates foi engenheiro técnico ao serviço da autarquia da Covilhã, documento quase sempre alvo de reconhecimento notarial.Ainda segundo o Público, a letra usada não corresponde à do primeiro-ministro, mas sim a que consta nos autos das vistorias realizadas no fim das obras pelos técnicos da obra.De acordo com o jornal, a letra de Fernando Caldeira, colega de curso de Sócrates, é a que consta nesses autos, e que por ser funcionário da autarquia não podia legalmente assumir a autoria de projectos na área do concelho.O Público assinalou ainda que outra das características de muitos dos projectos assinados por Sócrates é a rapidez com que foram aprovados.Isto apesar das críticas de que estes projectos foram alvo por parte das observações críticas dos arquitectos da autarquia da Guarda e dos pareceres contrários da Administração Central. TSF 01Fev08
Autarca da Guarda considera “inquestionável” a autoria dos projectos assinados por Sócrates
Áudio: Sócrates considera notícia um "ataque pessoal e político" (cortesia Rádio Clube)
Carta de José Sócrates ao PÚBLICO
Galeria fotográfica: Projectos de José Sócrates
