quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

HAITI - o sismo -


«Quando a terra tremeu, processar o que estava a acontecer demorou muitos segundos. A casa balançava para a frente e para trás de uma forma que nem consigo descrever. Não parecia verdade. Parecia um filme. Objectos caíam por toda a casa. Parecia que o mundo estava a acabar. Não sei porque é que a minha casa ficou em pé e todos os meus filhos estão, neste momento, deitados a dormir nas suas camas. É uma coisa que desafia a lógica e os meus bebés foram poupados quando milhares de outros não o foram».
«Milhares de pessoas estão presas. Calcular um número seria como adivinhar quantas gotas de chuva caem no oceano. Vidas preciosas estão por um fio. Não há para onde as levar para serem tratadas quando forem retiradas dos escombros. O Haiti tem um sistema de saúde praticamente inexistente para a sua população».
«Não consigo imaginar como serão as próximas semanas e meses. Tenho medo por toda a gente. Nunca na minha vida vi pessoas mais fortes que as do Haiti. Mas tenho medo por eles. Por nós».
«O horror apenas começou».
«É possível que os noticiários se esqueçam de nós daqui a alguns dias - mas as pessoas continuarão a estar enterradas vivas e a sofrer».
«Sim, inúmeras, inúmeras - inúmeras casas, igrejas, hospitais, escolas e lojas colapsaram».

Tara e Troy Livesay relatam ainda que primeiro havia réplicas a cada cinco minutos, que depois passaram para cada dez minutos. E que as ruas estavam cheias de pessoas que dali não saiam com medo de ir para casa.
Os posts dos Lindsay, em inglês, podem ser encontrados em http://www.livesayhaiti.blogspot.com/ e, em português em http://sol.sapo.pt/