Como a situação é grave, para o cidadão comum, vale mais a pena ouvir o que têm dizer os técnicos do que os políticos, porque, em última análise, serão os técnicos a ditar as regras.
O pingue-pongue de declarações deste fim-de-semana diz tudo. Vítor Gaspar, o ministro que nos habituámos a ouvir com más notícias, disse este fim-de-semana que “o pior em Portugal ainda está para vir”.
Miguel Relvas, o ministro que, dizendo-se politico, tem como função manter o povo animado, veio, logo a seguir, dizer que não se devem ler à letra as palavras do ministro. Para Relvas, o que Gaspar quis dizer foi que “existem muitas reformas pela frente e só com essas reformas é que o país consegue criar emprego e crescer”.
Segue o conselho para quem tiver dúvidas: o melhor é fazer mais fé nas palavras do ministro Gaspar do que nas do ministro Relvas. Diz o ditado que “homem prevenido vale por dois”.
Pois bem, se quer estar prevenido, não há que hesitar: a razão está do lado do ministro das Finanças. Raquel Abecasis