Quem ouve o discurso político dos últimos dias, desde as inenarráveis desculpas do Dr. Alberto João Jardim para nos meter numa situação ainda mais grave do que aquela que já enfrentávamos, até ao bate boca entre o líder do PS e o Primeiro-ministro, tem razões para entrar em pânico.
Jardim ensaia o discurso do Robin dos Bosques, com a diferença que em vez de roubar aos ricos para dar aos pobres, roubou os pobres para dar aos remediados.
Seguro esquece-se que, independentemente das conveniências políticas, a diabrura de Jardim só foi possível porque os seus colegas de partido, Vítor Constâncio, Guilherme de Oliveira Martins, José Sócrates e Teixeira dos Santos, foram incompetentes.
Passos Coelho não mostra nada de bom ao não chamar os bois pelos nomes, tentando assim não sofrer grandes danos políticos depois de conhecido o escândalo.
A todos estes senhores é urgente passar a mensagem de que Portugal não é uma PlayStation último modelo. Aqui há gente que trabalha honestamente para pagar as contas ao fim do mês e que merece o respeito de uma classe política que tarda em demonstrar que está à altura das responsabilidades. Raquel Abecasis Página1