segunda-feira, 7 de novembro de 2011

de cabo de esquadra

Tem sentido que se peça a reformados e pensionistas que ganham por exemplo mil euros que abdiquem do subsídio de férias e de Natal, e que não se peça absolutamente nenhum sacrifício a um trabalhador de uma empresa privada que ganhe 1.500 ou 2.000 ou 2.500 euros?”, questionou o secretário-geral do PS, em Odivelas. Seguro indica desta forma que está disposto a um aumento dos impostos sobre os privados de forma a evitar o corte dos dois subsídios.”, no Jornal de Negócios.
Por momentos – santa ingenuidade! – ainda pensei que o líder do PS, apoiado em alguma proposta definida por aqueles jovens turcos que em matérias de Orçamento de Estado têm feito marcação cerrada ao Ministro das Finanças, pudesse propor outras formas de reduzir a despesa em alternativa a um dos dois subsídios. Uma forma de o conseguir seria cortar nos 15 mil milhões de euros que esse infindável universo de serviços e fundos autónomos gastam e consomem por ano ao Orçamento de Estado. Isso, sim, seria uma negociação pró-activa, de convergência político-partidária e em prol do superior interesse da Nação que, recorde-se, estando insolvente tem é de reduzir na sua despesa. Mas não, Seguro e os seus jovens turcos, num País em que a receita corrente do Estado para 2012 está projectada em 41% do PIB, ou 70 mil milhões de euros (em média, 7.000 euros por português), sugerem mais um aumento de impostos. Que cabecinhas pensadoras!
Ps: Parece que Rui Rio, economista de formação, se terá lembrado do mesmo. Enfim, sem comentários. por Ricardo Arroja n’ O Insurgente