O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, salientou hoje a transparência com que decorreu o processo que levou à compra de parte da EDP pela China Three Gorges Corporation.
“Esta decisão prova que o Governo foi absolutamente transparente. Portugal tem um problema de défi ce e de dívida. A proposta chinesa significava a melhor receita e ajuda no endividamento e, por isso, numa altura em que se pede sacrifícios às pessoas, não faria sentido que aqueles que oferecem melhor preço fossem prejudicados”, afirmou Portas depois da assinatura do contrato de compra de 21,35% do capital da EDP .
Portas quis ainda sublinhar a importância de a primeira das privatizações correr bem ao referir que “era muito importante que a primeira decorresse de acordo com as melhores práticas internacionais. E era bom que os que ganharam e não ganharam saibam reconhecer que o processo foi transparente e todos o fizeram”, referindo-se aos principais concorrentes da Three Gorges: os brasileiros da Cemig e os alemães da E.On.
Também o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, se mostrou satisfeito com o negócio, que, disse-o sucintamente, mostra que Portugal tem a “capacidade de atracção de investimento estrangeiro”.