O recém-empossado presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Vasco Graça Moura, fez distribuir ontem à tarde uma circular interna, na qual dá instruções aos serviços do CCB para não aplicarem o Acordo Ortográfico (AO) e para que os conversores – ferramenta informática que adapta os textos ao AO – sejam desinstalados de todos os computadores da instituição.
Na era socrática, como ninguém se atrevia a assinar a imposição do uso do tristemente célebre Acordo Ortográfico, um homem do Norte, que chegou a Ministro da Cultura porque alguém confundiu o seu nome com o de quem verdadeiramente deveria ser nomeado para o cargo, deixou-nos, como marca de uma travessia do deserto no tempo que lá esteve, a imposição do uso do referido Acordo Ortográfico.
Ontem, Um homem do Norte, que percorreu os mesmos caminhos desse outro, e que há dias foi nomeado Presidente do centro Cultural de Belém, PROIBIU a utilização do acordo no CCB e ordenou a desinstalação do software que tem vindo a ser usado para converter automaticamente a grafia dos textos, em conformidade com as regras do Acordo Ortográfico.
Inconstitucional ou não, esta atitude representa a vontade da maioria do povo português porquanto protege a língua que deu mundos ao mundo e que se via agora alterada e decepada por interesses políticos e económicos. Temos que nos mobilizar para apoiar esta atitude. por Gaivota Maria no Sermões da Província