domingo, 11 de novembro de 2012

Grande guerra


Ontem, na "Mairie" de Lillers, no norte da França, tive o gosto de inaugurar uma placa que assinala a memória dos muitos portugueses que perderam a vida na 1ª guerra mundial. Fi-lo a convite do "maire" da localidade e de Félicia Assunção, a orgulhosa filha de um combatente português que, depois do conflito, por lá ficou e cuja larga família hoje cultiva, com grande empenhamento, essa memória.
Hoje, na fria manhã de Paris, assisti à cerimónia em que o presidente François Hollande prestou homenagem aos mortos franceses em combate, nesta que é a data que celebra o armistício que pôs termo a primeira guerra mundial.
 
Dentro de pouco mais de um ano, iniciar-se-ão, em vários países, as celebrações da guerra de 1914-1918. Só posso esperar que, em Portugal, haja vontade e capacidade de organização para participar com dignidade, ao lado dos nossos aliados de então, no sublinhar dessa nossa valorosa participação para a liberdade do continente. Por nossa exclusiva culpa, Portugal fica muitas vezes fora do "retrato" dos vencedores do primeiro grande conflito mundial. É necessário aproveitar as comemorações que aí vêm para retificar essa persistente falha e a França é o lugar certo para isso se fazer. por Francisco Seixas da Costa no Duas ou Três Coisas (Embaixador de Portugal em França)