domingo, 11 de novembro de 2012

onde nós não estivermos outros estarão por nós...


«O cálice»
«António José Seguro tocou a corneta: eleições, sim, estamos preparados. Bravo! Mas como espera Seguro conseguir eleições antecipadas? E, já agora, como tenciona ele promover a renegociação (necessária) do programa de ajustamento? A resposta para estas questões é básica: nada, rigorosamente nada, está nas suas mãos. Para começar, a queda do governo pressupõe a falência da coligação para o ano. Um cenário possível, admito, mas que depende exclusivamente da vontade de Portas. Ou de Passos. Ou de ambos. Não do PS e da minoritária oposição parlamentar. Finalmente, é imperioso renegociar juros e prazos? Afirmativo. Mas que teria Seguro para propor se, alçado ao poder, os nossos parceiros internacionais não estivessem para aí virados? Rasgar unilateralmente o acordo? Sair do euro? Processar a sra. Merkel pelos danos causados? Seguro fala e fala e fala porque, no fundo, ele sabe que ainda existe um abismo confortável entre o PS e o cálice envenenado.» por João Pereira Coutinho, no CM lido no Portugal dos Pequeninos
 
As coisas são o que são
António José Seguro anda em "excursão" político-partidária pelo país. Foi a empresas, escolas, universidades. Aparece na rua, dentro de casa, à porta de entrada ou de saída. Vê-se em púlpitos verdejantes. Os media dão-lhe corda. Não tenho a certeza que o "povo" lhe dê a mesma corda. Todavia, as coisas são sempre como, há muitos anos e num contexto político naquele momento muito difícil (Soares "passar" à segunda volta das presidenciais em 1986), me dizia o saudoso José Ribeiro da Fonte: onde nós não estivermos outros estarão por nós. por João Gonçalves no Portugal dos Pequeninos