segunda-feira, 29 de novembro de 2010

os "sem-abrigo" do Orçamento


Se há uma coisa que os portugueses puderam perceber das negociações orçamentais entre o PS e o PSD é que a questão social esteve ausente dessas negociações, os mais pobres, que são os idosos, ficaram como os sem-abrigo deste orçamento”, afirmou Paulo Portas.
Portas apontou o “paradoxo” do OE: “O Estado, quando é para congelar pensões de 246 euros por mês não hesita um segundo, mas quando é para ter contenção em salários de gestores públicos de 246 mil euros por ano, aí já tem toda a condescendência”.
O líder democrata-cristão considera que “esta negligência social tem que ser corrigida”, “sabendo que é preciso reduzir a despesa, sabendo que é preciso corrigir o desequilíbrio orçamental”, mas estabelecendo um “limite e uma fronteira”.
Para o CDS-PP, “esse limite e essa fronteira é a solidariedade com aqueles que são mais fracos e mais vulneráveis em Portugal”.
“O fosso entre os que têm mais e os que têm menos agravou-se, os que têm menos têm cada vez menos, os que têm menos dos que têm menos são os idosos, e não têm voz, e a classe média é cada vez menos média e tem cada vez menos capacidade de mobilidade social”, afirmou Portas.