Contam-se 3,3 milhões de lares em Portugal a viver com menos de 1200 euros brutos por mês. São a "linha da frente" do choque económico que já aí está
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Olhando para os próximos anos, é difícil vislumbrar uma inversão neste cenário. Actualmente, a grande guerra dos patrões passa pelas reduções salariais em Portugal, isto quando os salários já são baixos em comparação com o velho continente. Além disso, o sector público português dentro de dois anos vai estar a gastar o dobro em juros - a partir de 2013 vão ser mais de 10 mil milhões de euros por ano -, e, olhando para o histórico português, este salto nos custos de financiamento do sector público - Estado e empresas - deverão acabar a ser compensados por mais impostos, ou preços de serviços mais altos, o que corrói mais poder de compra e aprofunda a disparidade.
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Além disso, a médio/longo-prazo, os aumentos das taxas de juro do BCE deverão iniciar uma escalada progressiva, à imagem do que ocorreu em meados da década passada e muitos portugueses seguramente recordarão. Também o petróleo não deverá ajudar nos anos vindouros.
"Pessimistas", poderá estar a achar nesta altura. Talvez, mas a melhor forma de encontrar soluções reside em conhecer o problema. ler mais no jornal i um interessante artigo de Filipe Paiva Cardoso
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Olhando para os próximos anos, é difícil vislumbrar uma inversão neste cenário. Actualmente, a grande guerra dos patrões passa pelas reduções salariais em Portugal, isto quando os salários já são baixos em comparação com o velho continente. Além disso, o sector público português dentro de dois anos vai estar a gastar o dobro em juros - a partir de 2013 vão ser mais de 10 mil milhões de euros por ano -, e, olhando para o histórico português, este salto nos custos de financiamento do sector público - Estado e empresas - deverão acabar a ser compensados por mais impostos, ou preços de serviços mais altos, o que corrói mais poder de compra e aprofunda a disparidade.
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Além disso, a médio/longo-prazo, os aumentos das taxas de juro do BCE deverão iniciar uma escalada progressiva, à imagem do que ocorreu em meados da década passada e muitos portugueses seguramente recordarão. Também o petróleo não deverá ajudar nos anos vindouros.
"Pessimistas", poderá estar a achar nesta altura. Talvez, mas a melhor forma de encontrar soluções reside em conhecer o problema. ler mais no jornal i um interessante artigo de Filipe Paiva Cardoso