quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Evitar a promiscuidade

É sabido que a promiscuidade entre política e negócios tem aumentado entre nós. Passo Coelho teve a coragem de chamar vários independentes para o seu Governo, o que deve ter desiludido parte da sua clientela partidária (embora colocar como ministro o até então secretário-geral do seu partido não tivesse sido uma boa ideia). Vieram entretanto a lume outros factos, ou indícios de factos, que não permitem grande optimismo.
A nova administração da Caixa Geral de Depósitos parece mostrar que a época dos “jobs for the boys” ainda não foi ultrapassada.
Por outro lado, as suspeitas de ligações de elementos dos serviços secretos a empresas privadas não nos deixam descansados. Não é, aliás, saudável que o ex-director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa seja hoje assessor do conselho de administração da Ongoing. Acresce que esta empresa se mostra empenhada em adquirir um canal da RTP a privatizar, dando a ideia de que poderá ter havido uma combinação prévia com gente do futuro governo, o actual.
É urgente purificar este clima, que está turvo e não cheira bem. Por Francisco Sarsfield Cabral no Pagina 1