Seguro
esteve em Bruxelas para participar num desses encontros das internacionais que
se substituíram aos partidos políticos nacionais. Alguém o terá aconselhado a
fazer uso do castelhano em debate ali travado sobre a crise das dívidas
soberanas. Creio que Seguro não teve tempo para, em 50 anos aprender o inglês,
o francês ou o alemão básicos, línguas sem as quais se torna difícil tratar dos
assuntos do nosso país junto dos protectores. Recorreu a um castelhano
gorduroso que tomei inicialmente por mirandês, mas que de tão mau, tão forçado
e provinciano, acabou por se transformar em divertidíssimo instantâneo do
atrevimento da nossa elite indígena, tão falha de educação como de conselheiros.
... in Combustoes
o titulo do post é de minha autoria
domingo, 30 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
começou no Sol
O Sol vai reduzir os
salários dos trabalhadores em valores entre 7,5 e 25%, medida que se deverá
sentir já em Outubro.
No começo deste mês, o
Sol havia dispensado 12 profissionais, cinco dos quais pertencentes aos quadros
da empresa e sete outros contratados a prazo que não veriam o seu vínculo
renovado.
Em Janeiro, o título
havia já rescindido com 20 trabalhadores. públco
Na melhor revolução cai a nódoa... (ou o clássico "não há almoços grátis")
Reportagem da revista VIP
desta semana com a protagonista da foto-simbolo das manifestações de 15 de
Setembro. Claro que "gostava que (esta súbita fama) me desse uma
oportunidade profissional". E a pérola: "Gosto muito de fotografia.
Não sou vaidosa, mas gosto de me sentir bonita. Revelei a minha faceta
feminina. Além de pacífica, também sou mulher".
Vou passar a usar esta
construção. Primeiros exemplos: além de Benfiquista, também calço 40; além de
cozinhar, também leio Patricia Highsmith; além de hipocondríaco, também sou
lisboeta.
Enfim, não há manif sem
folclore, e não há folclore sem um emplastro ou um "cromo da bola".
Neste caso saiu cromo. Pedro Rolo Duarte
terça-feira, 25 de setembro de 2012
A mod(u)elação...
Julgo que todos nós já teremos passado por esperas
enervantes, sobretudo se existe alguma má expectativa em relação ao resultado
pelo qual se aguarda.
É assim relativamente às classificações dos exames ou dos
concursos e mesmo das análises clínicas. É um tempo de desgaste até se saber o
que o futuro próximo nos tem reservado.
Pois bem, julgo não errar quando digo que os portugueses
estão neste estado crítico de esperar o que nos irá acontecer, seja nos
impostos, seja na saúde, seja na educação, seja até numa eventual remodelação
governamental.
É verdade que a comunicação social tem uma boa parte de
responsabilidade no que estamos a passar. Os jornais e as televisões, na ânsia
das audiências ou das vendas, exploram quanto podem o lado negro das notícias.
E, se uma pequena elite sabe depurar essa informação, a maioria dos portugueses
não está preparada para isso. Assim, adensa-se um clima de ansiedade que
desgasta as nossas já depauperadas energias.
A outra parte de responsabilidade compete aos senhores políticos
cujo discurso é uma sucessão de versões que um dia apontam num sentido e no
outro apontam no contrário.
Agora as palavras chave para a espera, apelidam-se
"modulação" ou "modelação", sem que eu consiga perceber o
que realmente qualquer delas quer dizer.
Ao menos tenham pena de nós e falem um português que todos
possamos entender. Será pedir muito?! por Helena Sacadura Cabral no Fio de Prumo
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Regras do comentário político à portuguesa
(a). Estar calado enquanto um governo
de esquerda enterra o país, mantendo, até ao fim, uma atitude de defesa ou de
ambiguidade em relação à força mui progressista que está no poder.
(b). Lançar toda a violência verbal
sobre o governo direitolas que lidera há ano e meio um país falido e dependente
de credores externos. É o que se chama atacar o efeito depois de pactuar com a
causa.
(c). Manuela
Ferreira Leite não interessa na análise à causa (2009), só interessa
nas críticas ao efeito (2012). Ferreira Leite já não é a velhota que recusa
vender sonhos, já não é a líder do "bota-abaixismo"
(d). Quando conduz um país à
bancarrota, um primeiro-ministro de esquerda não é incompetente ou insensível
em relação ao fardo que deixa para o futuro. É apenas alguém que se limita a
seguir, ora essa, uma "política económica" assente nos
"incentivos ao crescimento" pedidos por 90% da elite comentadeira.
Então, por que razão estamos em crise? A culpa é da Merkel, da UE, do Euro, dos
mercados.
(e). Quando tenta retirar o país da
bancarrota, um primeiro-ministro de direita é um monstro de insensibilidade.
(f). Quando não corrige um erro, um
primeiro-ministro de esquerda não é arrogante ou autoritário. É, isso sim, um
"animal politico".
(g). Quando não corrige um erro, um
primeiro-ministro de direita é arrogante, um pequeno líder autoritário ou um
fascizóide que toma um chá das cinco "neoliberal".
(h). Quando admite o erro e recua, o
primeiro-ministro de esquerda revela uma enorme sensibilidade social e uma
capacidade inata para ouvir o povo, para apalpar o pulso do país.
(i). Quando admite o erro e recua, um
primeiro-ministro de direita perde a sua autoridade e a legitimidade do seu
governo fica comprometida.
por Henrique
Raposo no Expresso via Clube
das Repúblicas Mortas
memorando de entendimento com a 'troika'
MEMORANDUM OF UNDERSTANDING ON SPECIFIC
ECONOMIC POLICY CONDITIONALITY de 3 May 2011
Fiscal policy in 2013
1.26. The government achieves
a general government deficit of no more than EUR 5,224 million in 2013. ). [Q4-2013]
1.27. Throughout the year, the
government will rigorously implement the Budget Law for 2013. Progress will be
assessed against the (cumulative) quarterly deficit ceilings in the Memorandum
of Economic and Financial Policies (MEFP), including the Technical Memorandum
of Understanding (TMU). [Q1, Q2, Q3 and Q4-2013]
1.28. The following measures
will be carried out with the 2013 Budget Law [Q4-2012], unless otherwise
specified:
Expenditure
1.29. Further deepening of the
measures introduced in the 2012 Budget Law with a view of reducing expenditure in the area of:
i. central administration
functioning: EUR 500 million. Detailed plans will be presented and assessed
before Q3-2012;
ii. education and school
network rationalization: EUR 175 million;
iii. wage bill: annual
decreases of 1% per year in headcounts of central administration and 2% in
local and regional administrations;
iv. health benefits schemes
for government employee’s schemes: EUR 100 million.
v. health sector: EUR 375
million;
vi. transfers to local and
regional authorities: EUR 175 million;
vii. reduce further costs in
other public bodies and entities, and in SOEs: EUR 175 million;
viii. capital expenditure: EUR
350 million;
ix. maintain the suspension of
pension indexation rules except for the lowest pensions in 2013.
1.30. In addition, the
government will extend the use of means testing and better target social
support achieving a reduction in social benefits expenditure of at least EUR
350 million.
Revenue
1.31. Further deepening of the measures introduced in 2012 Budget Law,
leading to extra revenue in the following areas:
i. corporate tax bases and reduce tax benefits and tax deductions: EUR 150
million;
ii. personal income tax benefits and tax deductions: EUR 175 million;
iii. taxation of all types of cash social transfers and convergence of
personal income tax deductions for pensions and labour income: EUR 150 million;
iv. excise taxes: EUR 150 million.
1.32. Update the notional property value of real estate for tax purposes to
raise revenue by at least EUR 150 million in 2013. Transfers from the central
to local governments will be reviewed to ensure that the additional revenues
are fully used for fiscal consolidation.
…
e agora, após o VOTO de 15 de Março, qual vai ser a posição no
OE2013 daqueles que negociaram, assinaram e aceitaram o Memorando de
Entendimento com a ' тройка'?
domingo, 23 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
a culpa é...
“Investigação CM: Troika quer que o executivo introduza alterações no sistema de apoios financeiros à carreira diplomática
Estado esconde subsídios de luxo a diplomatas
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) nunca divulgou o montante dos subsídios atribuídos aos diplomatas. E Paulo Portas, tal como fizeram os seus antecessores no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, não vai, para já, divulgar aqueles valores, que já foram alvo da análise crítica da troika. Entre salário, abonos de representação e casa, um diplomata pode receber mais de 11 mil euros por mês.” António Sérgio Azenha
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
pela primeira vez:
A comissão de trabalhadores da RTP acusou o primeiro-ministro de obrigar o erário público ao gasto “injustificável” de milhares de euros para que a entrevista desta noite se realize em São Bento e não nas instalações da televisão. publico.
pelas perguntas que, em directo, fazem ao “povinho”, eu sei que eles pensam que nós somos idiotas e imbecis...
... mas não gosto que me tratem como tal, até porque diáriamente me sacam 20 cêntimos para os sustentar!
co...ligação
O vice-presidente do CDS-PP Artur Lima criticou hoje o Governo por apresentar medidas de austeridade "altamente penalizadoras para as famílias", naquela que foi a primeira posição oficial de um dirigente nacional do partido sobre esta matéria.
O porta voz do CDS, João Almeida, arrasou a proposta do Governo para subir as taxas de Segurança Social dos trabalhadores em 7% durante a reunião dos deputados da maioria com o ministro das Finanças.
O CDS desafiou o ministro das Finanças a recuar nas medidas mais gravosas para o Orçamento de 2013 e a fazer mais cortes no Estado.
O CDS-PP convocou reuniões da comissão política e do conselho nacional para sábado, no Porto, sendo prioritárias "do ponto de vista da responsabilidade política" relativamente aos eventos de "rentrée" previstos, que são cancelados, informou hoje o partido aos militantes.
...
a culpa...
Márcia Galrão e Luís Reis Pires no Económico em 12/09/12 16:03
Islândia defende que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e dos bancos.
Económico com Lusa em 08/05/11 12:02
terça-feira, 11 de setembro de 2012
sábado, 8 de setembro de 2012
as medidas de austeridade...
Gomes Ferreira já nos habituou a bons comentários. Este vale a pena ouvir!
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
inesperadamente o nosso primeiro...
Inesperadamente o Primeiro-Ministro veio anunciar mais uma dose de medidas de austeridade desta vez “atirando” com a responsabilidade para o Acórdão do Tribunal Constitucional. Não se percebe a oportunidade ou a urgência quando os Orçamentos Rectificativos e de Estado apenas serão apresentados à AR a 15 de Outubro! Eventualmente o tempo se encarregará de nos esclarecer.
principais medidas anunciadas por Passos Coelho:
Sector Privado
Aumento da Taxa Social Única (TSU ) paga pelos trabalhadores do sector privado de 11% para 18%. O que equivale a menos um salário anualmente.
Redução da contribuição das empresas para a Segurança Social de 23,75% para 18%. Uma folga financeira para as empresas que o Governo espera que contribua para a criação de emprego e estímulo à economia.
Sector Público
O Governo vai manter corte de um dos subsídios. E vai repor o outro distribuindo-o por 12 meses de salários, montante sob o qual é aplicado o aumento da TSU em 7 pontos percentuais (também para 18%). Na prática continuam a receber menos dois salários anuais.
Pensionistas
Mantém-se o corte dos dois subsídios de Natal e Férias, para os reformados do sector público e privado, enquanto vigorar o Programa de Assistência Económica e Financeira.
IRS
Será criado um crédito fiscal (devolução) em sede de IRS para proteger os trabalhadores com rendimentos mais baixos do agravamento da TSU para 18%.
e os partidos disseram:
O PEV (0,87%), Heloísa Apolónia, acusou o governo de "arruinar cegamente o país", afirmando que as medidas adicionais de austeridade anunciadas hoje pelo primeiro-ministro não beneficiam trabalhadores nem empresas.
O BE (5,17%), João Semedo, manifestou hoje "indignação" perante as medidas adicionais de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, considerando que vão "condenar" Portugal a mais pobreza e desemprego.
O PCP (7,91%), Jerónimo de Sousa, considerou que a declaração de hoje do primeiro-ministro "foi pior" que o esperado, traduzindo-se "num mês de salário roubado a todos os trabalhadores", e apelou aos portugueses para que se "ergam" contra o Governo.
O CDS-PP (11,70%), Nuno Magalhães, destacou hoje o esforço de "equidade" entre o sector público e privado das medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, afirmando que visam também a criação de emprego.
O PS (28,06%), Carlos Zorrinho, afirmou hoje que se opõe ao conjunto das medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, considerando que os novos aumentos de impostos ultrapassam "todos os limites admissíveis" e que é altura de dizer "basta".
O PSD (38,65%), Miguel Frasquilho, considerou hoje que as medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro representam a alternativa para evitar que o Tribunal Constitucional volte a declarar inconstitucional as vias do Governo para a redução do défice e da dívida.
O Presidente da República, pela manhã, havia recordado que o acréscimo de sacrifícios deveria incidir naqueles que ainda não os suportam...
a "silly" ainda não acabou?
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
PGR diz que foi informado e Estrela pode ter razão...
O Procurador-Geral da República (PGR ) revelou hoje que já foi informado do desaparecimento de documentos do Ministério da Defesa, relacionados com o negócio da compra por Portugal de dois submarinos a uma empresa alemã.
"O DCIAP anda a procura de documentos, não sei se faltam ou se não faltam, realmente foi-me dito que faltavam", acrescentou Pinto Monteiro aos jornalistas alcunhados de MYB e FC. da Lusa que o acompanham em S. Tomé e Principe.
Que raio é que se está a passar na “Coligação” que temos (uma cronologia aqui!) para que a Lusa e outros grupos de pressão da chamada Comunicação Social estarem a tentar manter nas manchetes do dia esta história de emerge-submerge?
Será que a alguma “direita”, encapotada de esquerda, lhe interessa acabar com o acordo para Governo e simultaneamente lançar culpas para o centro esquerda socialista e social democrata?
É sabido que as 2 Máfias concorrentes instaladas pelo Bloco Central no aparelho de Estado se movem de modo que a sua ordem ideológica não seja objecto de nenhuma impugnação possivel. Acontece que uma deles está a perder poder e por tal,
Poderá ter razão a eurodeputada Edite Estrela que acusou o PSD de ter uma "influência desmesurada" na Comunicação Social?
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Os 60 mil que não queriam trabalhar
Os números do desemprego estão a aumentar por várias razões. A mais importante é, sem dúvida, o fim da hegemonia da construção civil. Como já não é possível construir mais nada (mais estradas?, mais prédios?, mais heliportos?) e como o pouco dinheiro disponível não deve ser canalizado para PPP, o desemprego vai continuar a aumentar. É triste, mas a alternativa era ainda pior, era o mesmo que brincar com o futuro dos nossos filhos. Ora, depois das causas óbvias, como esta desaceleração da construção, encontramos causas menos óbvias para o aumento do desemprego. Por exemplo, era importante olhar para os 60 mil indivíduos que recusavam procurar emprego apesar de pertencerem a famílias que recebem o rendimento social de inserção (RSI). Pedro Mota Soares, ministro da Segurança Social, fez muito bem em recambiar estes valorosos jovens para os centros de emprego. Num ápice, a nação recebeu assim 60 mil novos desempregados que, ora essa, não estavam para se maçar com essa coisa de procurar trabalho. Repare-se que estes 60 mil indivíduos têm idade e capacidade para trabalhar, mas tinham como modo de vida a recolha do RSI. Estamos a falar de 60 mil pessoas. É um Estádio da Luz cheio de gente que mentia à sociedade, fingindo incapacidades e recusando uma procura activa de emprego. Para estes ditosos cidadãos, o RSI era uma espécie de PPP dos pequeninos. Também tinham direito ao saque, não é verdade? Entretanto, são constantes as queixas de empresas sobre a falta de mão-de-obra em muitos sectores. Outro pormenor sem importância. por Henrique Raposo no Expresso online via Clube das Republicas Mortas
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012
o que é que se passa com os pelouros de Relvas?
O PSD anunciou hoje que desistiu de apresentar um projeto de revisão da lei eleitoral autárquica por falta de acordo com o seu parceiro de coligação, CDS-PP, quanto a alguns dos pontos desta reforma.
Numa nota de imprensa conjunta, divulgada pelos sociais-democratas, PSD e CDS-PP afirmam que "a proximidade das eleições autárquicas e a necessidade de se assegurar um quadro legal estável desaconselha o prosseguimento deste processo de consultas".
"Nos termos do acordo de coligação PSD -CDS, constatando-se a falta de acordo, o PSD prescindiu de apresentar a proposta de revisão da lei eleitoral autárquica", acrescentam os dois partidos que suportam o Governo. IEL
dois parceiros que, também nisto, não se entendem ou apenas uma desculpa ?
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