sexta-feira, 6 de abril de 2007

Um país alegre


Quase metade dos portugueses tem como principal fonte de rendimento o Orçamento de Estado, alimentado pelos impostos e contribuições de trabalhadores e empresas. Entre reformados do sector público e privado, funcionários do Governo central, regiões autónomas ou autarquias e beneficiários de subsídios e complementos, são perto de 4,7 milhões os portugueses que vivem à custa do Estado.
Despacho da PGA Maria José Morgado sobre Pinto da Costa, obviamente sob segredo de justiça, está publicado na Internet.
Polícia atropela cidadão e põe-se em fuga.
Pai adoptivo é condenado a 6 anos de prisão apenas por ter dado uma vida de amor e carinho a uma menina a quem os pais biológicos abandonaram.
Cidadão (mais um) morre por falta de assistência dos meios de emergência.
O governo prepara uma baixa nas pensões de sobrevivência.
O governo, que não faz o mesmo que os outros, gastou uns bons milhões de Euros a arranjar "jobs" para os seus "boys" entre Caixa Geral de Depósitos, EDP e outras instituições.
E quem chateia também leva rebuçado. João Cravinho e Manuel Maria Carrilho são os exemplos mais recentes. Quem está doente e tem que ir ao hospital paga mais taxa moderadora e se tiver que ficar internado ainda paga mais.
O Presidente da República foi à Índia com um grupo de amigos empresários e parece que todos encheram "as algibeiras de cartões"...
A Costa da Caparica corre o risco de desaparecer porque afinal deitar areia para o mar não adianta.
Estas são apenas algumas das alegrias com que o bom povo português é confrontado todos os dias. Há alguma razão para estarmos tristes? Claro que não! Ainda por cima fomos o país da Europa que mais dinheiro gastou em prendas ne Natal! Bem, as contas foram feitas no dia 26 de Dezembro e a maior parte dos países europeus oferece as prendas nos Reis, mas isso é um pormenor quando o que interessa é dar a impressão que afinal somos ricos. E depois o que é que isso interessa? Haja futebol e telenovelas e deixem lá as tristezas! Um francês diria "ces't un pais trés gaie".
Para mim a culpa é dos kiwis.

Noticias Lusofonas - 6-Apr-2007 António J. Ribeiro