sexta-feira, 4 de março de 2011

A geração que desenrasca

Mas há também uma “geração que desenrasca” quando a outra está “à rasca”.

Muitos avós vão buscar os putos à escola. Tomam conta deles algumas horas, ou mesmo o dia inteiro, quando estão doentes e não podem ir à escola.

Ajudam, de uma forma ou de outra, a pagar a casa, os colégios e a natação ou as aulas de música. Estão sempre lá quando surge o desemprego, o divórcio ou a doença.

A precariedade dos mais novos só ainda é suportável porque os mais velhos acumularam toda a vida em vez de gastar. Mesmo agora os mais velhos têm uma vida mais frugal do que os seus rendimento permitiriam porque pressentem a vulnerabilidade dos seus no futuro. Para além do ataque das mazelas da idade ainda têm que sofrer com a insegurança dos filhos e netos.
Em suma, a guerra de gerações faz pouco sentido. Atacar os rendimentos dos mais velhos pode ter efeitos catastróficos.

Estou certo de que muitas famílias, no seu conjunto, verão o seu estatuto económico cair acentuadamente quando o patriarca morrer e deixaram de poder contar com a sua confortável reforma.

Portanto a “geração que desenrasca”, para além de tudo o mais tem que cuidar bem da saúde, praticar exercício e alimentar-se correctamente. Dada a precariedade da “geração à rasca” a “geração que desenrasca” não se pode dar ao luxo de morrer cedo.
publicado por F. Penim Redondo no
DOTeCOMe...o Blog

isto não é um post!
é um hino àqueles que aguentaram o "estado novo" e agora aguentam o "estado a que isto chegou".
ainda bem que alguns da geração que se segue á minha nos compreendem... mas faço votos para que eles não precisem de ser a próxima "que desenrrasca".
contudo, confesso que muito do que se passa é de minha culpa!