Aldeia de Peque é o novo lugar do medo
Peque, até há poucos dias desconhecida dos media, é uma aldeia onde vive "um povo tranquilo que não sabe o que significa o Nuclear", na definição cândida de Adelina Lobato Herrero, uma dos milhares de espanhóis que desde a década de 50 partiram para França e deixaram cada vez mais deprimida a pobre província de Zamora. Havia duas semanas que regressara de férias à sua terra-natal, quando a notícia brutal ali chegou pelos jornais o alcalde (designação em castelhano para presidente de Câmara Municipal) fora foi o primeiro autarca a oferecer-se ao Governo para receber um depósito provisório de resíduos nucleares de alta e média actividade.
"Nuclear, não sabemos o que é, mas, falando de cemitério, é bastante - não o queremos!", atira Pedro Martins, 78 anos, um dos 175 residentes na aldeia, onde a degradação e a ruína do casario ilustram a decadência de Peque, apesar do esforço de manutenção de algumas habitações e a construção de outras novas, sobretudo com o dinheiro das famílias que labutam fora - a maioria em França, mas muitas também em Madrid, Zamora ou outras paragens espanholas - e cujo remanso de férias estivais foi perturbado com a ameaça nuclear, transformando o pueblo em ovo lugar de medo. Alfredo Maia Pedro Correia em Peque, Espanha JN Domingo, 6 de Agosto de 2006
Nota:
Peque, até há poucos dias desconhecida dos media, é uma aldeia onde vive "um povo tranquilo que não sabe o que significa o Nuclear", na definição cândida de Adelina Lobato Herrero, uma dos milhares de espanhóis que desde a década de 50 partiram para França e deixaram cada vez mais deprimida a pobre província de Zamora. Havia duas semanas que regressara de férias à sua terra-natal, quando a notícia brutal ali chegou pelos jornais o alcalde (designação em castelhano para presidente de Câmara Municipal) fora foi o primeiro autarca a oferecer-se ao Governo para receber um depósito provisório de resíduos nucleares de alta e média actividade.
"Nuclear, não sabemos o que é, mas, falando de cemitério, é bastante - não o queremos!", atira Pedro Martins, 78 anos, um dos 175 residentes na aldeia, onde a degradação e a ruína do casario ilustram a decadência de Peque, apesar do esforço de manutenção de algumas habitações e a construção de outras novas, sobretudo com o dinheiro das famílias que labutam fora - a maioria em França, mas muitas também em Madrid, Zamora ou outras paragens espanholas - e cujo remanso de férias estivais foi perturbado com a ameaça nuclear, transformando o pueblo em ovo lugar de medo. Alfredo Maia Pedro Correia em Peque, Espanha JN Domingo, 6 de Agosto de 2006
Nota:
vale a pena ler a noticia... imaginem que 175 habitantes (cento e setenta e cinco) “não sabiam de nada” ! Serão portugueses?