Polémica: Funciona há 45 anos em Sacavém sem licenciamentoReactor nuclear ilegal
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A continuidade da actividade do Reactor Português de Investigação coloca preocupações crescentes, uma vez que esta unidade de investigação está inserida no meio urbano.Os subscritores do documento defendem que é preferível planear e licenciar o desmantelamento do reactor, que não poderá escapar a essa decisão num futuro não muito distante, em vez de optar pelo processo de licenciamento para o exercício da sua actividade, uma situação que seria “irónica” ao fim de 45 anos.Susana Fonseca, da Quercus, admite ao CM o desconhecimento da organização ambientalista face à falta de licenciamento do reactor nuclear português.“Qualquer infra-estrutura precisa de licenciamento para que possa ser feita uma avaliação. Se não foi emitida uma licença para o reactor significa que está a funcionar na ilegalidade. Como consequência não há uma autoridade do Estado a fiscalizar e a acompanhar a sua actividade e um reactor nuclear, mesmo de âmbito de investigação, sem produzir energia, é uma estrutura de risco para as populações, pois não está isenta de acidentes.”Aquela ambientalista aponta não apenas a falta de conhecimento sobre as condições em que funciona aquela unidade de investigação científica como afirma ser do desconhecimento geral as suas actividades. O CM tentou ouvir o Ministério do Ambiente sobre o assunto, mas não foi passível obter qualquer comentário em tempo útil.
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APONTAMENTOS
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A continuidade da actividade do Reactor Português de Investigação coloca preocupações crescentes, uma vez que esta unidade de investigação está inserida no meio urbano.Os subscritores do documento defendem que é preferível planear e licenciar o desmantelamento do reactor, que não poderá escapar a essa decisão num futuro não muito distante, em vez de optar pelo processo de licenciamento para o exercício da sua actividade, uma situação que seria “irónica” ao fim de 45 anos.Susana Fonseca, da Quercus, admite ao CM o desconhecimento da organização ambientalista face à falta de licenciamento do reactor nuclear português.“Qualquer infra-estrutura precisa de licenciamento para que possa ser feita uma avaliação. Se não foi emitida uma licença para o reactor significa que está a funcionar na ilegalidade. Como consequência não há uma autoridade do Estado a fiscalizar e a acompanhar a sua actividade e um reactor nuclear, mesmo de âmbito de investigação, sem produzir energia, é uma estrutura de risco para as populações, pois não está isenta de acidentes.”Aquela ambientalista aponta não apenas a falta de conhecimento sobre as condições em que funciona aquela unidade de investigação científica como afirma ser do desconhecimento geral as suas actividades. O CM tentou ouvir o Ministério do Ambiente sobre o assunto, mas não foi passível obter qualquer comentário em tempo útil.
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APONTAMENTOS
METROS CÚBICOS
O Reactor Português de Investigação, a funcionar desde o dia 25 de Abril de 1961 na EN10, em Sacavém, tem armazenadas algumas centenas de metros cúbicos de material radioactivo, mas desconhece-se a quantidade exacta.ÚNICO NA PENÍNSULAO Reactor Nacional de Investigação é único na Península Ibérica. Entre 1998 e 2002 os estrangeiros foram responsáveis por 20 por cento do tempo de irradiação. As actividades são nas áreas da física nuclear, física de neutrões, engenharia nuclear, física da matéria condensada, rádio-química, agronomia, efeitos biológicos das radiações, efeito das radiações nos materiais, investigação com isótopos de vida média curta, educação e treino.127 TONELADASPortugal vendeu, no ano passado, 127 toneladas de urânio à França, por cerca de 19 milhões de euros. Numa altura em que a venda deste metal disparou em flecha, o Governo português colocou à disposição do mercado 39 por cento do seu urânio.
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Correio da Manhã – Sabia da falta de licenciamento do Reactor Português de Investigação?Hélder Spínola – Não, não sabia, mas isso revela bem a tradição do nosso país na inexistência de um acompanhamento ou fiscalização pelas autoridades dos diferentes sectores.
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Hélder Spínola nasceu há 33 anos em Moçambique, na antiga cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, filho de pais madeirenses que emigraram para aquele país. A guerra trocou-lhes as voltas ao destino e, quando Hélder tinha apenas três anos, a família regressou ao Funchal, cidade onde ainda hoje reside. Viaja com frequência para o Continente, onde exerce as funções de presidente da mais conhecida associação ambientalista portuguesa, a Quercus, cargo que assume desde 2003, depois de mais de uma década na direcção da associação. Desde cedo despertou para as preocupações pelos problemas do meio ambiente. Licenciou-se em Biologia. O doutoramento fê-lo em Genética Humana. Cristina Serra CM 2006-08-06
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Correio da Manhã – Sabia da falta de licenciamento do Reactor Português de Investigação?Hélder Spínola – Não, não sabia, mas isso revela bem a tradição do nosso país na inexistência de um acompanhamento ou fiscalização pelas autoridades dos diferentes sectores.
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Hélder Spínola nasceu há 33 anos em Moçambique, na antiga cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, filho de pais madeirenses que emigraram para aquele país. A guerra trocou-lhes as voltas ao destino e, quando Hélder tinha apenas três anos, a família regressou ao Funchal, cidade onde ainda hoje reside. Viaja com frequência para o Continente, onde exerce as funções de presidente da mais conhecida associação ambientalista portuguesa, a Quercus, cargo que assume desde 2003, depois de mais de uma década na direcção da associação. Desde cedo despertou para as preocupações pelos problemas do meio ambiente. Licenciou-se em Biologia. O doutoramento fê-lo em Genética Humana. Cristina Serra CM 2006-08-06
Notas:
- Claro que o “ambientalista moçambicano” não sabe nada... ainda se fosse especialista em Quimica-Fisica!
- Claro que a “notável jornalista” não tem idade para saber que a nossa central nuclear é conhecida de todos os alunos liceais de antes do 25Abr74. Era visita obrigatória de que estudava a alínea f) em Lisboa...
Será que a “notável jornalista” sabe que o Secretário-Geral do PC mora ali perto?
- Claro que todos aqueles que o visitaram fizeram segredo... não fosse que alguém o descobrisse e o denunciasse!
- Claro que o “ambientalista moçambicano” não sabe nada... ainda se fosse especialista em Quimica-Fisica!
- Claro que a “notável jornalista” não tem idade para saber que a nossa central nuclear é conhecida de todos os alunos liceais de antes do 25Abr74. Era visita obrigatória de que estudava a alínea f) em Lisboa...
Será que a “notável jornalista” sabe que o Secretário-Geral do PC mora ali perto?
- Claro que todos aqueles que o visitaram fizeram segredo... não fosse que alguém o descobrisse e o denunciasse!
Traduções:
- alinea f) uma das divisões dos Curso Complementar dos Liceus. Neste caso dava acesso ás Ciencias Médicas e ás Engenharias.
- liceu – Um espaço onde se aprendia o caminho cientifico para uma Universidade (diferente de Escola Comercial ou Industrial onde se adquiriam conhecimentos para várias profissões – dela saiu, pex, Cavaco Silva)
- alinea f) uma das divisões dos Curso Complementar dos Liceus. Neste caso dava acesso ás Ciencias Médicas e ás Engenharias.
- liceu – Um espaço onde se aprendia o caminho cientifico para uma Universidade (diferente de Escola Comercial ou Industrial onde se adquiriam conhecimentos para várias profissões – dela saiu, pex, Cavaco Silva)