A travessia entre Alcântara (Lisboa) e Pragal (Almada) – a primeira a unir a capital à margem sul do Tejo – foi inaugurada, ainda com o nome Ponte Salazar, seis meses antes do previsto e ao fim de quatro anos de obras. Começou por ser uma ponte rodoviária.
Embora tivesse um túnel para o caminho-de-ferro já construído no Pragal, apenas em Julho de 1999 passou a ter comboios de passageiros a circular debaixo do tabuleiro reservado aos automóveis. A sua enorme estrutura em aço, pintada de vermelho e suspensa por cabos ligados a duas grandes torres, que a mantêm firme em caso de sismo, assemelha-se à ponte de S. Francisco, nos Estados Unidos, construída 30 anos antes.
Novembro de 1962
A empreitada da ponte de Lisboa, adjudicada ao consórcio liderado pela firma americana «United States Steel Export Company», arrancou a 5 de Novembro de 1962, quase um século depois de terem sido apresentadas as primeiras propostas para uma travessia entre a capital e a «Outra Banda». Foram gastos na obra 2,2 milhões de contos, recuperados com as receitas das portagens e do imposto da mais-valia aplicado, por decreto, a terrenos e prédios na margem sul valorizados com a nova acessibilidade.A ponte foi inaugurada no dia 6 de Agosto de 1966 para permitir a travessia rápida entre a margem sul e norte do Rio Tejo, função que desempenhou durante muitos anos. Actualmente, apesar de ter sido já construída uma segunda ponte alternativa – a Ponte Vasco da Gama, que faz a travessia entre Sacavém e Montijo –, a Ponte 25 de Abril é manifestamente insuficiente e já se pensa na construção de uma terceira travessia.