segunda-feira, 14 de agosto de 2006

O que os Governadores Civis diziam há um ano!

Governadores civis consideram inútil decretar calamidade pública
Incêndios causaram danos que estão a ser resolvidos pelas autarquias afectadas
Os governadores civis da Guarda, Leiria e Vila Real, os distritos mais afectados pelos incêndios este mês, consideram desnecessário decretar o estado de calamidade pública.Para a governadora civil da Guarda, o distrito está em condições de resolver todas as situações, sem ser necessário decretar o estado de calamidade pública."As câmaras dos concelhos mais afectados e a segurança social já estão a actuar e têm respondido às primeiras necessidades das populações afectadas", afirmou Maria do Carmo Borges.Para a representante do Governo na região, "não houve falta de meios no combate aos incêndios" e a resposta não foi mais rápida "devido ao acidentado do terreno", nomeadamente em Manteigas (Serra da Estrela).Em Vila Real, segundo o governador civil do distrito, só no fim-de-semana passado arderam 8.500 hectares de área florestal no concelho de Vila Pouca de Aguiar, mas também não foi por falta de meios no combate às chamas."A segurança social, as câmaras e a sociedade civil estão a acudir às primeiras necessidades das populações atingidas e não faz sentido decretar o estado de calamidade pública", referiu António Alves Martinho.Em Leiria, segundo o governador civil do distrito, arderam em Agosto entre 14 e 15 mil hectares, mas o plano distrital de emergência funcionou e "não há nenhuma situação de emergência social que não esteja a ser acudida"."Em Leiria accionámos o plano distrital de emergência em vários concelhos. A protecção civil funcionou. A protecção das pessoas foi prioridade máxima e isso foi acautelado", disse José Miguel Medeiros.O governador civil de Leiria disse que não teve nenhuma dificuldade em coordenar todos os meios disponíveis e considera que "falar em falta de meios é pura demagogia".Para o responsável, o Estado tem sido capaz de responder eficazmente aos problemas, não sendo necessário "agitar a bandeira de calamidade pública".No final, o ministro António Costa não falou com os jornalistas, remetendo as declarações para depois da reunião que esta tarde tem nas comissões dos assuntos constitucionais e da agricultura.
11 DE AGOSTO DE 2005
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