sexta-feira, 6 de julho de 2007

Juntas médicas


A legislação que gere as juntas médicas poderá mesmo vir a ser alterada, de forma a torná-las "mais rigorosas", dar-lhes "sensibilidade em relação às questões que analisam" e evitar situações como as que envolveram recentemente dois professores com cancro. Com reforma antecipada recusada, os dois docentes acabaram por falecer no activo, o que, juntamente com outros casos, levou a Ordem dos Médicos (OM) a defender formação específica para os profissionais que compõem as juntas médicas.


A revisão da legislação foi ontem admitida pelo grupo parlamentar do PS, encabeçado pela deputada Maria de Belém Roseira. A mesma que anteontem dissera não ser necessária qualquer alteração à lei, remetendo a questão para um problema de formação específica. Ontem, após uma reunião com a OM, os deputados prometeram fazer um levantamento da legislação.




Para o bastonário dos médicos, a solução passa por impor na lei que as juntas médicas sejam efectivamente compostas apenas de médicos e que estes tenham uma formação específica para a qual a OM prepara a competência de Medicina da Segurança Social e Seguros. E se o facto de as juntas médicas com pessoal não médico serem só algumas (as das polícias e dos militares - ver caixa), a falta de formação é comum a todas elas. JN Sexta-feira, 6 de Julho de 2007 Ivete Carneiro