quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Portugal na Bienal de Veneza

Um júri composto por três mulheres e um homossexual é chamado a avaliar as candidaturas de uma pessoa não-binária, uma mulher e duas negras. Apesar de três juradas terem colocado a negra número 1 em primeiro lugar e o homossexual ter lá posto a mulher, pela média aritmética venceu a pessoa não-binário. Não sabemos reacções da pessoa não binária, nem da mulher, nem da negra número 2.

Isto num concurso organizado pelo ministério dirigido por uma lésbica, parte de um governo chefiado por um indiano. Houve protestos por parte dos amigos da negra número 1, que responsabilizaram o racismo sistémico. (…)

Como cereja de absurdo no bolo do queixume, é preciso acrescentar que estes artistas anti-sistema se estão a esgatanhar para serem escolhidos como representantes portugueses na Bienal de Veneza, um dos mais prestigiados certames internacionais de arte. Para mais, realizado numa antiga potência colonial que participou no tráfico de escravos. Um evento criado por privilegiados homens brancos europeus no séc. XIX.

A definição perfeita de “sistema”»
(José Diogo Quintela sobre a não escolha da artista Grada Kilomba para representar Portugal na Bienal de Veneza in retrato do artista enquanto vitima )