sexta-feira, 24 de julho de 2009

NA GNR HÁ COLUNA VERTEBRAL


O comandante-geral da GNR, general Nelson dos Santos, não é militar de aviário e muito menos de capoeira. Personalidade forte que sabe o que quer para a sua instituição tendo sempre aceitado os limites do razoável quanto ao orçamento possível para gerir os destinos da GNR que o Governo lhe dispensa.
No entanto, a reestruturação da GNR tem dado água pela barba quando o comando daquela força militar enfrenta um ministro que mais parece um candidato a Hugo Chávez.
O ministro da Administração Interna entende que a GNR terá que passar a existir como uma qualquer direcção de serviços burocráticos onde o mais importante terá de ser o horário de trabalho.
Rui Pereira chega a ser tão mesquinho que esqueceu-se depressa dos mais de mil funcionários civis prometidos para a GNR a fim de libertar os militares para fins operacionais.
Rui Pereira inventou uns Contratos de Segurança e tem deixado a GNR a falar sozinha.
Rui Pereira tem assobiado para o lado quando a GNR o informa que para as promoções dos militares tem de haver dinheiro.
A extinção da Brigada de Trânsito ainda ontem levou toda a oposição na Assembleia da República a contestar medida tão "inteligente".
Resumindo:
Temos uma GNR farta de ser maltratada e abusada na sua entrega e funcionalidade em prol das populações.
Farta de aguardar pelas promessas.
Farta de arriscar a vida sem ter condições para andar no meio dos gangues aos tiros, já que nem orçamento existe para a aquisição de munições para os militares frequentarem a carreira de tiro. Farta de governos que mudam de ministros como se muda de camisa.
Em face de um panorama tão hostil entre Governo e uma instituição da máxima importância no que respeita à segurança do País, é natural que os homens de comando decidam ir-se embora.
Que fiquem os incompetentes ministeriais a gerir uma casa que sempre entendeu a sua existência por um lema sério que respeita acima de tudo a "lei" e a "grei".
É possível que o general Nelson dos Santos e outros oficiais façam as malas.
O ministro pode esfregar as mãos de contente, mas a população já tem na mão o veredicto para este tipo de governantes que não respeitam nada nem ninguém. in pauparatodaaobra