quinta-feira, 2 de julho de 2009

mais milhões...

"Sócrates anuncia 20 milhões para requalificar centros de saúde e urgências Saúde e novos equipamentos sociais. Quase no final da legislatura, o primeiro-ministro anunciou hoje, durante o debate sobre o estado da Nação, mais duas apostas: o programa de requalificação e modernização dos centros de saúde e urgências hospitalares contará com 20 milhões de euros e vai haver um reforço de 115 milhões de euros para a construção de novos equipamentos sociais - área para a qual será criada uma linha de crédito de 50 milhões de euros.

De acordo com o primeiro-ministro, o reforço da comparticipação em 20 milhões de euros será feito com recurso à dotação provisional. "O Governo decidiu reforçar as intervenções em curso e em projecto, organizando um verdadeiro programa nacional da requalificação e modernização dos centros de saúde e urgências hospitalares. Este programa beneficiará de comparticipação comunitária, quer a que já estava prevista nos programas regionais quer a que vai resultar da reprogramação", disse.Na perspectiva de José Sócrates, o país precisa de reforçar o seu investimento nos centros de saúde e em outros equipamentos do Serviço Nacional de Saúde. "Esse investimento, que é socialmente muito útil, tem também todas as condições para contribuir, neste momento, e com a solidariedade necessária, para a dinamização da economia e para a dinamização de emprego. Este é o caminho: não é hesitar, é prosseguir", disse, numa nota eminentemente política.Sobre os novos equipamentos sociais garantiu que a medida "terá efeitos imediatos": "Significa duplicar a verba até agora disponível, permitindo que sejam aprovados mais cerca de uma centena de projectos entre os que já foram apresentados para comparticipação do programa operacional respectivo", disse.No seu discurso de abertura, o primeiro-ministro anunciou também que o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social constituiu com a Caixa Geral de Depósitos uma nova linha de crédito no valor de 50 milhões de euros expressamente dirigida a apoiar investimento a cargo das Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS). Críticas à oposiçãoNo último grande debate parlamentar da legislatura, o primeiro-ministro fez ainda uma revisão de toda a matéria dada ao longo dos últimos quatro anos. Mas, já com as eleições legislativas em mente, José Sócrates voltou, durante o seu discurso sobre o estado da Nação, as palavras para a oposição e afirmou que “este Governo não vendeu a nenhuma empresa uma rede fixa de comunicações” – em referência ao polémico negócio concretizado durante o anterior Governo, quando Manuela Ferreira Leite era a titular da pasta das Finanças.De seguida, José Sócrates voltou-se novamente para as críticas à oposição, desta vez de forma generalizada. Segundo o primeiro-ministro, os outros partidos limitaram-se a fazer “coligações negativas e convergências tácticas com o único objectivo de dizer mal e atacar o Governo”. E acrescentou: “Todas as bancadas da oposição se dispensaram sempre de assumir uma atitude construtiva e de constituir uma alternativa política”.
PUBLICO.PT