segunda-feira, 29 de junho de 2009

quem é que precisa de ser protegido?

A controvérsia gerou-se na reunião da comissão desta segunda-feira devido ao esboço do relatório final enviado pela deputada relatora, Sónia Sanfona do PS, aos deputados, tendo estes apontado alegadas omissões e gralhas no relatório, para além de falhas na estrutura do documento.
Ouvido pela TSF, Pedro Mota Soares, que representou o CDS-PP na reunião devido à ausência de Nuno Melo, criticou o esboço, nomeadamente a ausência de «factos muito relevantes que foram aprovados na comissão» relativos a matéria de supervisão.
O deputado democrata-cristão admitiu que o CDS-PP pode apresentar um relatório alternativo se o documento «não vier a ser alterado».
Citado pela agência Lusa, João Semedo, do Bloco de Esquerda, relevou por seu lado que faltam documentos ao relatório que o tornam «insuficiente e unilateral» e a forma como as diferentes conclusões dos grupos parlamentares serão apresentadas no relatório. Já Hugo Velosa, do PSD, afirmou que irá apresentar «questões quanto ao conteúdo» e que tem de ser apresentado no relatório os documentos do Banco de Portugal, relevando que é necessário para «saber com que fundamento foi decidida a nacionalização» do BPN. O deputado do PCP Honório Novo não esteve presente na reunião da comissão, optando por enviar por escrito o seu contributo para o relatório final, onde pede a inclusão da lista completa de todas as pessoas ouvidas, datas e se foram à porta fechada, a lista dos documentos entregues e dos que foram recusados, juntamente com uma posição da comissão relativamente a esta recusa. Honório Novo pretende ainda que seja incluído um histórico sobre os acontecimentos relativos ao BPN e as referências às empresas do universo SLN que foram referidas na comissão e uma avaliação à questão da nacionalização e um levantamento das criticas realizadas, as pessoas que as fizeram e as soluções alternativas ao futuro do banco que foram argumentadas. A deputada responsável pela elaboração do relatório final, Sónia Sanfona, explicou que era claro que este documento era um «draft» e que pretendia «colher contributos de todos os deputados».
A comissão volta a reunir sexta-feira às 12:00 horas, tendo lugar a discussão e votação do relatório na próxima terça-feira, dia 7 de Julho, para apresentação em plenário na quinta-feira, 9 de Julho.
TSF