terça-feira, 14 de julho de 2009

a “Crise”... alguém os entende?


O défice orçamental norte-americano já atingiu um milhão de milhões de dólares nos primeiros nove meses do ano fiscal iniciado a 1 de Outubro de 2008.
No mesmo período do ano passado, o Tesouro norte-americano tinha obtido um excedente de 33,5 mil milhões de dólares.
Na origem daqueles valores está o aumento das despesas públicas relacionado com as tentativas de reavivar a economia, salvar os bancos e evitar a falência de empresas.

Em Fevereiro de 2008, a Administração Obama lançou um plano de recuperação económica no valor de 787 mil milhões de dólares com consequências significativas para a estabilidade das finanças públicas. Entrou igualmente no capital de vários bancos e realizou injecções de fundos em sectores particularmente atingidos pela crise, como o automóvel.
Apesar dos sinais que evidenciam um abrandamento da crise, as receitas ficais dos cidadãos e das empresas estão a diminuir, como consequência do aumento do desemprego, que em Junho atingiu a maior taxa dos últimos 26 anos ao chegar aos 9,5 por cento.
Público

Acerca da evolução da economia mundial, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, revelou estar mais optimista prevendo, para os próximos trimestres, um período de recuperação.“Temos uma série de políticas colocadas em prática e penso que há boas hipóteses de ver a economia norte-americana e a economia mundial registarem uma recuperação e voltarem a crescer durante os próximos trimestres”, afirmou.
Geithner defendeu que “as políticas seguidas têm sido eficazes em mitigar as forças da tempestade”, dando agora espaço de manobra para uma retoma “que se inicia nos EUA”.
Publico

Visão bastante diferente têm Nouriel Roubini e Robert Shiller, dois dos economistas que mais cedo anteciparam a presente crise, apontando para o perigo que constituía a criação de uma bolha especulativa no mercado imobiliário norte-americano. Agora, continuam pessimistas, prevendo uma crise prolongada, em que os consumidores continuam a agir com muita prudência devido às expectativas sombrios ao nível do emprego e dos preços da habitação.

Também com um discurso cauteloso esteve hoje o director geral da Organização Mundial do Comércio. Pascal Lamy afirmou que a crise “ainda está longe do fim”, alertando em particular para o facto de se estarem a adoptar, um pouco por todo o mundo, medidas proteccionistas. Publico