Como ainda há dias se viu com a divulgação a conta-gotas dos dados da execução orçamental de Janeiro, o Governo continua a usar técnicas publicitárias para transmitir imagens positivas de insucessos ou de resultados medíocres. Ainda não se terá dado conta de que essa sua tendência propagandística tem efeitos contrários aos pretendidos: agrava a desconfi ança, em vez de a diminuir.
Aumenta a desconfiança interna, com os portugueses a serem os mais pessimistas na Europa quanto às perspectivas económicas.
E aumenta a desconfi ança externa, com os credores a exigirem juros cada vez mais altos para comprarem a nossa dívida. Juros que atingem, já, um nível incomportável se rapidamente não baixarem.
Ou seja, o tiro propagandístico do Governo está a sair-lhe pela culatra – mas seremos nós a pagar a asneira.
Quando o grau de optimismo que Sócrates e os seus colaboradores manifestam é tão exuberantemente desmentido pela realidade, a consequência apenas pode ser uma: os portugueses e os mercados deixam pura e simplesmente de acreditar no Governo. por Francisco Sarsfield Cabral no Pagina 1
Aumenta a desconfiança interna, com os portugueses a serem os mais pessimistas na Europa quanto às perspectivas económicas.
E aumenta a desconfi ança externa, com os credores a exigirem juros cada vez mais altos para comprarem a nossa dívida. Juros que atingem, já, um nível incomportável se rapidamente não baixarem.
Ou seja, o tiro propagandístico do Governo está a sair-lhe pela culatra – mas seremos nós a pagar a asneira.
Quando o grau de optimismo que Sócrates e os seus colaboradores manifestam é tão exuberantemente desmentido pela realidade, a consequência apenas pode ser uma: os portugueses e os mercados deixam pura e simplesmente de acreditar no Governo. por Francisco Sarsfield Cabral no Pagina 1