quinta-feira, 7 de junho de 2007

cambalhOTAs


Cavaco sem margem de veto na Ota
O secretário de Estado das Obras Públicas rejeitou ontem que haja um clima de pré-confrontação com Cavaco Silva por causa da Ota e da privatização da empresa que gere os aeroportos (ANA) mas sublinhou, em declarações ao JN, que "existem processos constitucionais" de que os governos podem socorrer-se para fazer face a vetos do presidente da República. Além disso, garantiu, o Executivo "tem falado e vai continuar a falar" com Belém sobre o projecto do novo aeroporto de Lisboa. A hipótese do veto, "não é um cenário", assegura.
...
Depois de ter sido confrontado pela Oposição, nomeadamente pelo PSD, com a necessidade de pedir desculpa aos cidadãos da Margem Sul, Mário Lino foi peremptório "Não tenho que me desculpar, mas já dei as explicações necessárias aos autarcas, que já consideraram o assunto sanado". Quanto à opção pela Ota, o ministro voltou a ser claro na recusa de qualquer outra localização a sul do Tejo. E justificou que é entre Setúbal e Leiria que se concentra, nomeadamente, 50% da produção do país. Por isso, disse, o aeroporto não pode ficar situado num extremo dessa região.
JN Quinta-feira, 7 de Junho de 2007


Engenheiros chumbam Ota
A localização do Novo Aeroporto de Lisboa na Ota foi hoje criticada por professores do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa. Os especialistas afirmam que os estudos realizados são “considerados demasiado preliminares para poderem ser conclusivos”.
Num abaixo-assinado entregue ao Presidente da República, Cavaco Silva, ao primeiro-ministro, José Sócrates, e ao presidente do Parlamento, Jaime Gama, os mais de 100 subscritores deixam um alerta: “Que se considere a questão ambiental com coerência e bom-senso, evitando tomadas fundamentalistas e potencialmente comprometedoras do desenvolvimento económico”.
"É uma zona muito sensível sob o ponto de vista geotécnico, hidráulico, agrícola, ecológico e ambiental". Os engenheiros, que decidiram abandonar a, até agora, postura contida, dizem ainda que – como “todos os estudos comparativos realizados antes de 1999” – o futuro aeroporto deve ser construído numa zona plana e garantem que há tempo para repensar a questão.
Sobre o congestionamento da Portela, sugerem que pode ser minimizado. Como? “Adaptando uma base militar na região de Lisboa para as «low cost», pela construção do TGV Lisboa-Madrid e pela rapidez da construção optando por uma área plana na margem Sul.
Expresso Quinta-feira 7 JUN Vera Lúcia Arreigoso