sábado, 14 de novembro de 2009

Uma boa noticia

O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou uma expansão de 0,9% no terceiro trimestre, colocando Portugal com o terceiro maior crescimento da Europa e bem acima da média da Zona Euro.
Pelo segundo trimestre consecutivo, a economia cresceu em aceleração e acima da Zona Euro, depois de o INE rever em alta os dados referentes ao segundo trimestre. O que está a sustentar a retoma é a "redução menos acentuada do investimento", diz o INE, adiantando que as exportações e importações "registaram diminuições homólogas menos intensas". Por outras palavras, a economia continuou a cair, mas a intensidade da queda foi menor, no terceiro trimestre Também o consumo das famílias - apesar do aumento do desemprego - e do Estado, dizem os economistas, podem explicar este "surto" de crescimento.
Teixeira dos Santos diz que os sinais de saída da crise são mais fortes mas os economistas alertam que muito deste crescimento está a ser feito à custa do endividamento.
Os economistas queixam-se da "falta de dados" , mas não deixam de estar surpreendidos.
João Duque afirma que "Muita desta evolução é feita à custa do Estado", referindo-se aos dinheiros injectados pelo Governo na economia. "Estamos a crescer à custa do endividamento, o que está a sobrecarregar o défice público".
João César das Neves, entende que "os números confirmam que estamos em recuperação", admitindo que a "política orçamental expansionista pode estar a surtir efeitos"
Há apenas uma semana, a Comissão Europeia estimava para Portugal uma expansão de apenas 0,4% no terceiro trimestre, inferior à média europeia. Uma tendência, dizia o relatório de Outono, a perdurar para os próximos trimestres. Até agora, as contas europeias saíram furadas, mas é certo que a retoma será lenta.
As previsões mais recentes para a economia indicavam uma contracção de 2,9% em 2009. Mas, a queda na produção final (PIB) poderá ser inferior a 2,8%, contrariando as previsões mais pessimistas efectuadas até Julho pelo Banco de Portugal, quando apontava uma queda de 3,5% do PIB. base noticia no
DN