"A nova lei dos circos é talvez a grande responsável pela transformação do famoso animal feroz num gato muito manhoso."
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Depois do espectáculo do diálogo, em que todos os partidos da Oposição participaram alegremente, com ar solene e palavras cheias de responsabilidade democrática, vêm aí os nomes dos ministros e ministras que irão desgovernar o sítio nos próximos tempos. Sim, desgovernar, porque no estado a que isto chegou o mais do mesmo significa mais pobreza, mais endividamento, mais desemprego, mais vigarice política e não só.
É espantoso como a propaganda oficial e oficiosa conseguiu, depois das duas campanhas eleitorais, atirar para debaixo do tapete a gravíssima crise que está a atirar este sítio para as caudas das caudas da União Europeia e da OCDE.
Os propagandistas do regime, verdade seja dita, conseguiram evitar que a crise volte em força à agenda política. Conseguiram evitar que se fale das milhares das PME que estão com a corda ao pescoço, com as empresas que abrem falência, com os milhares de velhos e novos pobres que andam a viver à conta da solidariedade de autarquias e organizações privadas. Nada disso interessa.
Os propagandistas do regime até conseguem falar em indicadores que apontam para uma retoma económica e atiram pela janela fora as poucas vozes que andam por aí a avisar do futuro negro que irá atingir os indígenas quando a economia recuperar e as taxas de juro dispararem, atirando para a miséria milhares de famílias hipotecadas com empréstimos à habitação e ao consumo. Mas nada disto interessa.
António Ribeiro Ferreira in Estado do Sitio - Correio da Manhã
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Depois do espectáculo do diálogo, em que todos os partidos da Oposição participaram alegremente, com ar solene e palavras cheias de responsabilidade democrática, vêm aí os nomes dos ministros e ministras que irão desgovernar o sítio nos próximos tempos. Sim, desgovernar, porque no estado a que isto chegou o mais do mesmo significa mais pobreza, mais endividamento, mais desemprego, mais vigarice política e não só.
É espantoso como a propaganda oficial e oficiosa conseguiu, depois das duas campanhas eleitorais, atirar para debaixo do tapete a gravíssima crise que está a atirar este sítio para as caudas das caudas da União Europeia e da OCDE.
Os propagandistas do regime, verdade seja dita, conseguiram evitar que a crise volte em força à agenda política. Conseguiram evitar que se fale das milhares das PME que estão com a corda ao pescoço, com as empresas que abrem falência, com os milhares de velhos e novos pobres que andam a viver à conta da solidariedade de autarquias e organizações privadas. Nada disso interessa.
Os propagandistas do regime até conseguem falar em indicadores que apontam para uma retoma económica e atiram pela janela fora as poucas vozes que andam por aí a avisar do futuro negro que irá atingir os indígenas quando a economia recuperar e as taxas de juro dispararem, atirando para a miséria milhares de famílias hipotecadas com empréstimos à habitação e ao consumo. Mas nada disto interessa.
António Ribeiro Ferreira in Estado do Sitio - Correio da Manhã