segunda-feira, 19 de abril de 2010

As vozes dos burros


A visita do Papa a Portugal já está a dar resultados. Um deles é ter feito saltar do armário umas tantas almas que revelaram publicamente uma qualidade que ninguém lhes conhecia ou reconhecia. Um enorme amor ao trabalho.
É verdade. Os seres mostram-se indignados com as tolerâncias de ponto decretadas, e muito bem, pelo Governo do senhor engenheiro relativo. Estes seres, que gozam como perdidos os feriados religiosos e as tolerâncias de ponto na Páscoa e no Natal, dizem que as horas perdidas pelos funcionários públicos custam uns tantos milhões. Como se o Estado contribuísse com algo de relevante para a riqueza nacional. Neste caso, nem é preciso pedir a Deus que os perdoe porque não sabem o que dizem. É que as vozes de burros ainda não chegam ao Céu. António Ribeiro Ferreira, Jornalista, in
Opinião no Correio da Manhã