Portuguesas ganham mais na função pública
a verdadeira noticia:
As mulheres empregadas na administração pública portuguesa recebem, em média, salários superiores aos dos homens. Segundo um estudo divulgado pelo Banco de Portugal no final de 2005 com base em dados de 1999 - os últimos conhecidos -, a diferença é significativa e patente em quase todos os níveis salariais. Em média, as mulheres têm salários superiores em 26%. Nas carreiras mais mal pagas, o diferencial é de 5,3% e, nas mais bem pagas, é de 9,3%. Só mesmo nos extremos, ou seja, nos cargos com a remuneração mínima ou máxima, é que os homens conseguem superar as mulheres em matéria de salários.
a verdadeira noticia:
As mulheres empregadas na administração pública portuguesa recebem, em média, salários superiores aos dos homens. Segundo um estudo divulgado pelo Banco de Portugal no final de 2005 com base em dados de 1999 - os últimos conhecidos -, a diferença é significativa e patente em quase todos os níveis salariais. Em média, as mulheres têm salários superiores em 26%. Nas carreiras mais mal pagas, o diferencial é de 5,3% e, nas mais bem pagas, é de 9,3%. Só mesmo nos extremos, ou seja, nos cargos com a remuneração mínima ou máxima, é que os homens conseguem superar as mulheres em matéria de salários.
... e a exploração jornalistica:
Mas será mesmo assim?, questiona o leitor mais céptico. Bem, o assunto merece esclarecimentos adicionais. É que as mulheres ganham mais porque têm melhores qualificações, que exigem, naturalmente, remunerações superiores. Exemplo disso, é o peso esmagador das mulheres no ensino e na saúde, precisamente em funções que exigem geralmente níveis superiores de escolaridade e cujos vencimentos são bem superiores à média praticada na função pública.
Aliás, se descontarmos este efeito da qualificação, ou seja, se a comparação for feita entre homens e mulheres com igual nível de escolaridade, conclui-se que as mulheres são mais mal pagas. Conforme refere o mesmo estudo de Mário Centeno e Manuel Coutinho Pereira, "as mulheres têm um retorno salarial inferior ao dos homens no que se refere às características individuais". O fenómeno é ainda mais pronunciado nos escalões mais altos de remuneração, reflectindo o facto de a estrutura dirigente da administração pública ser dominada pelos homens.
DN Sexta, 16 de Março de 2007 Manuel Esteves
Mas será mesmo assim?, questiona o leitor mais céptico. Bem, o assunto merece esclarecimentos adicionais. É que as mulheres ganham mais porque têm melhores qualificações, que exigem, naturalmente, remunerações superiores. Exemplo disso, é o peso esmagador das mulheres no ensino e na saúde, precisamente em funções que exigem geralmente níveis superiores de escolaridade e cujos vencimentos são bem superiores à média praticada na função pública.
Aliás, se descontarmos este efeito da qualificação, ou seja, se a comparação for feita entre homens e mulheres com igual nível de escolaridade, conclui-se que as mulheres são mais mal pagas. Conforme refere o mesmo estudo de Mário Centeno e Manuel Coutinho Pereira, "as mulheres têm um retorno salarial inferior ao dos homens no que se refere às características individuais". O fenómeno é ainda mais pronunciado nos escalões mais altos de remuneração, reflectindo o facto de a estrutura dirigente da administração pública ser dominada pelos homens.
DN Sexta, 16 de Março de 2007 Manuel Esteves