As Memórias de Salazar
O Museu de Salazar, criado pela Câmara de Santa Comba Dão com a colaboração do sobrinho-neto do ditador, Rui Salazar de Lucena, está a dividir opiniões. Enquanto uns justificam a preservação da memória de uma figura central da História do século XX, outros dizem tratar-se do “branqueamento de um período negro”.
Está assente em tijolos o velho Chevrolet Stylemaster preto que transportava António Oliveira Salazar, nas curtas deslocações pelas Beiras, entre a aldeia do Vimieiro, Santa Comba Dão, e o Caramulo ou Viseu. O automóvel é considerado uma relíquia, mas permanece ao abandono. Tal como a casa, a adega, a escola ou o jardim que serviram de refúgio ao estadista que mandou em Portugal durante quatro décadas. Dos edifícios, em ruínas, só se salvou algum do seu espólio pessoal, que agora se pretende reabilitar e expor ao público num Centro de Estudos e Museu do Estado Novo.
O homem que liderou uma das mais longas ditaduras do Mundo, nasceu a 28 de Abril de 1889. Tomou posse como ministro das Finanças em 1928 e assumiu a presidência do Conselho de Ministros em 1932. Governou o País com mão--de-ferro durante 42 anos, mas nunca se afastou por muito tempo da casa onde cresceu. Os fins-de-semana e as férias eram passados na tranquilidade da quinta que foi acrescentando com parcelas de terreno compradas ao longo dos anos – hoje cortada a meio pelo IP3.Quando se levantava, manhã cedo, abria a janela e fixava os olhos na famosa cameleira oferecida pela jornalista Christine Garnier. A francesa escreveu o livro ‘Férias com Salazar’, publicado em 1952, na sequência de uma entrevista que, para alguns biógrafos, se transformou num idílio, com a loura e sofisticada visitante a dar a volta à cabeça do ditador sexagenário.Depois, Salazar pegava numa pequena cana-da-Índia e partia sozinho em longas caminhadas pelo campo, ao longo da linha férrea da Beira Alta. Os momentos de reflexão eram passados à sombra de um carvalho centenário, que dizia ser “a árvore sagrada dos Druidas”.
Além do velho Chevrolet, com 74 103 quilómetros, seguiram no espólio centenas de livros, manuscritos, documentos, condecorações, garrafas de vinho com a sua chancela (Quinta das Ladeiras), a mala de viagem, o estojo de barbear, a cama onde morreu – no palacete de S. Bento, em Lisboa, a residência oficial do chefe do Governo, a 27 de Julho de 1970 – e alguns dos crucifixos que o ditador foi coleccionando ao longo da vida. A trilogia que proclamou – Deus, Pátria e Família – está bem representada na casa do Vimieiro. CM 2007-03-03 - 00:00:00
População de Santa Comba revoltada com protesto
A manifestação da União de Resistentes Antifascistas (URA) contra a criação do Museu de Salazar, na aldeia do Vimeiro, já terminou, tendo os manifestantes sido acompanhados pela GNR até ao autocarro, devido ao sentimento de revolta instalado entre os populares.
..., o receio de ocorrerem conflitos entre os elementos dos dois grupos, foi rapidamente substituído pela revolta da população com a manifestação anti-fascista na cidade, que queria que o protesto do URA fosse realizado noutro local.
A troca de acusações entre os habitantes e os manifestantes levou a GNR, a meio da tarde, a formar um cordão de segurança à volta do edifício onde a URA estava reunida. Este cordão foi mantido até os resistentes anti-fascistas terem abandonado o local. CM 2007-03-03 - 13:00:00
Manifestação na Alemanha contra centro de formação neonazi
O Museu de Salazar, criado pela Câmara de Santa Comba Dão com a colaboração do sobrinho-neto do ditador, Rui Salazar de Lucena, está a dividir opiniões. Enquanto uns justificam a preservação da memória de uma figura central da História do século XX, outros dizem tratar-se do “branqueamento de um período negro”.
Está assente em tijolos o velho Chevrolet Stylemaster preto que transportava António Oliveira Salazar, nas curtas deslocações pelas Beiras, entre a aldeia do Vimieiro, Santa Comba Dão, e o Caramulo ou Viseu. O automóvel é considerado uma relíquia, mas permanece ao abandono. Tal como a casa, a adega, a escola ou o jardim que serviram de refúgio ao estadista que mandou em Portugal durante quatro décadas. Dos edifícios, em ruínas, só se salvou algum do seu espólio pessoal, que agora se pretende reabilitar e expor ao público num Centro de Estudos e Museu do Estado Novo.
O homem que liderou uma das mais longas ditaduras do Mundo, nasceu a 28 de Abril de 1889. Tomou posse como ministro das Finanças em 1928 e assumiu a presidência do Conselho de Ministros em 1932. Governou o País com mão--de-ferro durante 42 anos, mas nunca se afastou por muito tempo da casa onde cresceu. Os fins-de-semana e as férias eram passados na tranquilidade da quinta que foi acrescentando com parcelas de terreno compradas ao longo dos anos – hoje cortada a meio pelo IP3.Quando se levantava, manhã cedo, abria a janela e fixava os olhos na famosa cameleira oferecida pela jornalista Christine Garnier. A francesa escreveu o livro ‘Férias com Salazar’, publicado em 1952, na sequência de uma entrevista que, para alguns biógrafos, se transformou num idílio, com a loura e sofisticada visitante a dar a volta à cabeça do ditador sexagenário.Depois, Salazar pegava numa pequena cana-da-Índia e partia sozinho em longas caminhadas pelo campo, ao longo da linha férrea da Beira Alta. Os momentos de reflexão eram passados à sombra de um carvalho centenário, que dizia ser “a árvore sagrada dos Druidas”.
Além do velho Chevrolet, com 74 103 quilómetros, seguiram no espólio centenas de livros, manuscritos, documentos, condecorações, garrafas de vinho com a sua chancela (Quinta das Ladeiras), a mala de viagem, o estojo de barbear, a cama onde morreu – no palacete de S. Bento, em Lisboa, a residência oficial do chefe do Governo, a 27 de Julho de 1970 – e alguns dos crucifixos que o ditador foi coleccionando ao longo da vida. A trilogia que proclamou – Deus, Pátria e Família – está bem representada na casa do Vimieiro. CM 2007-03-03 - 00:00:00
População de Santa Comba revoltada com protesto
A manifestação da União de Resistentes Antifascistas (URA) contra a criação do Museu de Salazar, na aldeia do Vimeiro, já terminou, tendo os manifestantes sido acompanhados pela GNR até ao autocarro, devido ao sentimento de revolta instalado entre os populares.
..., o receio de ocorrerem conflitos entre os elementos dos dois grupos, foi rapidamente substituído pela revolta da população com a manifestação anti-fascista na cidade, que queria que o protesto do URA fosse realizado noutro local.
A troca de acusações entre os habitantes e os manifestantes levou a GNR, a meio da tarde, a formar um cordão de segurança à volta do edifício onde a URA estava reunida. Este cordão foi mantido até os resistentes anti-fascistas terem abandonado o local. CM 2007-03-03 - 13:00:00
Manifestação na Alemanha contra centro de formação neonazi
Cerca de duas mil pessoas manifestaram-se hoje à tarde em Gonzerath, uma pequena aldeia na Alemanha ocidental, contra o projecto do partido neonazi NPD de implantar nesta comuna um centro de formação para os seus quadros. Publico 3 Março 2007 - 20h20