domingo, 8 de julho de 2007

Negócios... dos submarinos?

PJ investiga a partir de telefonemas de Paulo Portas
O consórcio alemão GSC, que ganhou o concurso, transferiu 24 milhões de euros para a Escom UK, uma empresa do grupo Espirito Santo no Reino Unido. O interesse da Polícia Judiciária nesta transferência surgiu no âmbito das escutas telefónicas de conversas entre Paulo Portas e o ex-director financeiro do CDS-PP, Abel Pinheiro, relacionado com o caso Portucale.O Ministério Público ordenou a separação processual e abriu um novo inquérito para investigar estes aspectos do negócio dos submarinos. CM 2007-07-08 - 12:47:00


Quem investiga quem na Polícia Judiciária?
Ninguém. Ou quase ninguém. Ao contrário das grandes polícias ocidentais, a Polícia Judiciária não dispõe de um departamento forte de controlo interno - aquilo que nos filmes americanos é apresentado como os departamentos de internal affairs (Assuntos Internos), os polícias que todos os polícias adoram odiar. DN Domingo, 8 de Julho de 2007

PJ não sabe quanto dinheiro foi desviado
Uma operacional "altamente competente e produtiva", mas adepta de "métodos pouco ortodoxos". "A sua família é a polícia" e sofre de "graves problemas de solidão". Traços gerais, é assim que diferentes fontes da Polícia Judiciária (PJ) ouvidas pelo DN descrevem o perfil de Ana Paula Matos, a coordenadora de investigação da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) que é principal suspeita num caso de desvio de dinheiros apreendidos, cuja dimensão está ainda por apurar. A investigadora já foi afastada e as suspeitas recaem ainda sobre pelo menos três inspectores-chefes e outros 17 inspectores, todos pertencentes àquela direcção da PJ, que está já a ser alvo de uma sindicância autorizada por despacho do Ministro da Justiça.
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Como o facto de o dinheiro desviado ter sido registado conforme mandam os procedimentos em vez de desaparecer sem rasto. Uma perplexidade que vai sustentando a tese também comum às fontes da PJ ouvidas pelo DN, segundo a qual o dinheiro serviria não para benefício próprio, mas para alimentar os "métodos menos aconselháveis" seguidos por agentes da DCITE, como o suborno de informadores. DN Domingo, 8 de Julho de 2007 LICÍNIO LIMA, JOÃO PEDRO OLIVEIRA RUI HORTELÃO e CARLA AGUIAR